A comissão permanente de futebol da Polícia Militar de Santa Catarina irá decidir em até uma semana se irá ou não emitir o laudo de liberação da Arena Joinville para a realização de jogos do JEC com presença de público. Na tarde desta quinta, esta comissão esteve no estádio para realizar a vistoria anual. A visita era cercada de expectativa em razão dos pedidos de interdição da Arena feitos pela PM recentemente.

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A polêmica se resume a altura das grades que separam as arquibancadas do campo. Desde a revitalização da Arena Joinville, a PM considera que há muita facilidade para invadir o gramado. Por medida de segurança, exigiu o aumento das grades de 1,20m para 2,10m.

No ano passado (quando fez o primeiro pedido), a PM não foi atendida. Nem JEC, nem Prefeitura (responsável pela manutenção da Arena) julgam a exigência necessária. Uma batalha nos bastidores foi travada e o Joinville conseguiu, com a presença de seguranças particulares no campo, convencer a PM de que não era preciso aumentar as grades.

A polêmica voltou à discussão após a confusão do jogo JEC e Figueirense, quando um torcedor invadiu o gramado para tentar roubar a faixa da Torcida Gaviões Alvinegros, visitantes na ocasião. Desde então, a PM voltou a exigir o aumento das grades.

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Primeiro, tentou a interdição via TJD, após o e-mail do presidente da Comissão Permanente de Futebol da Polícia Militar de Santa Catarina, o tenente Sandro Cardoso da Costa. Ele enviou mensagem à procuradoria especializada do tribunal, relatando omissão dos joinvilenses. O TJD decidiu reabrir o caso.

O auditor-relator, o coronel Claudio Roberto Koglin, comandante da 3ª Região de Polícia Militar, conduziu o processo e foi peça-chave na determinação da interdição da Arena, via TJD. A alegação é de que houve omissão por parte do Joinville diante dos vários pedidos da PM. Mas um efeito suspensivo conquistado pelo JEC, no mesmo TJD, desinterditou o estádio.

Agora, com a vistoria anual do estádio em andamento (a atual licença é válida até o dia 26 de maio), voltou a ser cogitada a interdição. Segundo o capitão da comissão permanente de futebol da Polícia Militar de Santa Catarina, Mário Luiz Silva, a definição da liberação ou da interdição só ocorrerá após a reunião desta comissão para avaliar as impressões colhidas após a visita no estádio.

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— Colhemos todas as informações estruturais. Agora, vamos sentar e deliberar quais são exigências necessárias para a liberação — afirmou, confirmando que o laudo estará pronto em uma semana.