A atenção da polícia aos táxis de Joinville e a postura dos taxistas em relação aos passageiros prometem passar por mudanças nas próximas semanas. Medidas de segurança foram discutidas na tarde desta quinta-feira em um encontro de lideranças da categoria com os comandos dos dois batalhões da PM na cidade, além da Seinfra.

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O pano de fundo da reunião foi o assassinato do taxista joinvilense Miguel Ramos Martins, de 51 anos, morto a facadas na madrugada de segunda-feira, em Araquari. Os taxistas leveram à mesa uma lista de pedidos na tentativa de minimizar a violência contra a classe na região.

A Polícia Militar garantiu que, de imediato, mais abordagens serão realizadas em táxis fora da área central de Joinville, principalmente durante a madrugada. Outra solicitação dos taxistas depende de estudo para ser implantada, mas não houve oposição por parte dos comandos dos batalhões: trata-se de um canal direto de comunicação das centrais de táxi com a Central de Emergência da Polícia Militar.

Na avaliação do tenente-coronel Adilson Moreira, comandante do 8º BPM, basta que se encontre uma ferramenta adequada para viabilizar a integração.

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-O importante é que esse contato seja mais rápido, sem necessidade de se usar o telefone – resumiu Adilson Moreira.

Taxistas e PM vão avaliar nos próximos dias as opções disponíveis para garantir o canal direto. O comandante do 8º BPM também avisou que providenciará a retirada das películas nos táxis que tenham o insufilm. O entendimento do tenente-coronel é de que, para haver mais segurança, é preciso que os ocupantes do carro sejam vistos por quem está fora.

Outras ações de proteção aos taxistas, que não necessitam da polícia e também não têm entraves legais, vão depender apenas de iniciativas da própria categoria. Uma delas diz respeito à instalação de alertas visuais de socorro, como a mudança de cor do luminoso em caso de assalto.

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Sistema parecido já opera em Curitiba e será verificado pelos representantes da categoria em Joinville para que seja avaliada a implantação. A identificação obrigatória de passageiros é outra medida que poderá ser colocada em prática nos próximos dias.

Por lei, os taxistas já têm o direito de recusar corridas entre 22 e 6 horas. Na avaliação da PM e da Seinfra, não há obstáculo para que os taxistas peçam que os passageiros mostrem a identidade antes do embarque.