A Polícia Militar de Santa Catarina divulgou nota na tarde deste domingo sobre a morte de Marcos Antonio Clarinda, 48 anos, após perseguição policial em Florianópolis, na noite de sexta-feira.

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Marcos não parou a abordagens da PM e morreu depois de receber disparos de pistola Taser de policiais e duas injeções de socorristas do Samu.

Confira abaixo a nota na íntegra:

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA

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CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

NOTA PARA A IMPRENSA

Em referência a ocorrência policial atendida na noite do último dia 26 de janeiro de 2013, na Capital, em que o suposto autor dos crimes de desobediência, direção perigosa, tentativa de homicídio e direção sob influência de álcool acabou vindo a óbito, a Polícia Militar de Santa Catarina informa que:

1. O Comando-Geral da Polícia Militar prima pelo princípio da transparência, e por isso tem o maior interesse que a verdade dos fatos seja do conhecimento da sociedade catarinense;

2. As ações dos policiais militares envolvidos na ocorrência encontram-se todas registradas da seguinte forma:

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a. Gravação de áudio das ligações telefônicas para a Central de Emergência 190 e relacionadas ao evento;

b. Gravação de áudio das comunicações via rádio entre as viaturas e entre elas e a Central de Emergência 190;

c. Gravação de vídeo de parte considerável da ocorrência, registrando a atuação dos policiais militares e dos agentes do SAMU; e

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d. Relatórios oficiais das autoridades sobre o caso.

3. De posse desses registros, e verificando-se o “resultado óbito”, o Comando-Geral determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar se o uso progressivo da força, bem como se o emprego de armas não-letais – como a pistola de eletrochoque – ocorreram dentro dos padrões estabelecidos em nossa doutrina operacional e de acordo com a legislação vigente.

4. Especificamente sobre as imagens produzidas pela própria Polícia Militar, verifica-se o seguinte registro, em sequência:

a. a retirada do detido da viatura policial, pois o mesmo se debatia, machucando-se;

b. os disparos de pistola “taser” – como é conhecida vulgarmente a pistola de eletrochoque;

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c. as ações de tentativa de imobilização e de imobilizaçao propriamente dita do detido pelos policiais militares;

d. o trato dispensado pelos policiais militares na tentativa de contenção e pedidos insistentes para que o mesmo se mantivesse calmo até a chegada da equipe de resgate;

e. a chegada das equipes do SAMU, encontrando o detido agitado e consciente;

f. a atuação das equipes do SAMU para acalmar e sedar o homem detido no local da ocorrência, ou seja, no logradouro público; e

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g. a constatação de ausência de sinais vitais do mesmo, o que se deu de forma instantânea ao estado de agitação antes verificado.

5. As ações investigativas das Polícias Judiciárias Civil e Militar fornecerão os indícios que serão encaminhados ao Poder Judiciário, cabendo somente a este último a decisão final sobre a existência de responsabilidade ou não diante do caso em tela. Portanto, toda e qualquer ilação prematura visando determinar a causa-mortis, nesta fase inicial da apuração, não será endossada pela Corporação policial militar.

6. As armas usadas na ação, as seringas utilizadas para a medicação, bem como a viatura em que o Senhor Marco Antônio Clarinda ficou detido foram apreendidas pelas Autoridades de Polícia Judiciária Civil e Militar, instruindo as peças investigativas, que após concluídas, serão encaminhadas ao Poder Judiciário.

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Quartel do Comando-Geral em Florianópolis, 27 de janeiro de 2013.

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL