O policial militar da reserva que foi filmado admitindo ser racista bateu na mulher que gravou as imagens, segundo a Polícia Civil. O caso aconteceu em São Ludgero, no Sul catarinense. A vítima era companheira de Helio Martins, 57 anos, e, segundo a polícia, gravou o vídeo após a agressão física. O inquérito civil deve ser concluído na próxima semana.

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Helio Martins prestou depoimento na terça-feira (21). Segundo o delegado Éder Matte, responsável pelas investigações, além da denúncia de racismo, o inquérito apura a agressão.

Segundo Matte, a vítima falou em depoimento sobre a agressão. Além dela, outras testemunhas também foram ouvidas.

O vídeo viralizou nas redes sociais. Nas imagens, Helio admite ser racista ao ser questionado pela ex-companheira sobre o ódio a pessoas negras.

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— Porque eu tenho ódio, porque eu sou racista, porque eu não suporto negro! Eu tenho amigo negro, mas é amigo decente, não essa negrada do c… que é ‘marrenta’ que nem tu — disse o policial.

O delegado Matte espera concluir o inquérito na próxima terça-feira (28). Ele aguarda agora a conclusão de laudos para finalizar o caso.

Racismo está previsto no artigo 20 da lei 7.716/1989, que diz que é crime praticar o preconceito racial. A pena prevista é de um a três anos de prisão e multa. Em 2011, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou Hélio Martins pelo crime de ameaça em ambiente familiar, mas ele foi absolvido.

Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina afirmou que o sargento está na reserva desde 2016. No texto, a polícia disse repudiar qualquer violência contra mulher e o crime de racismo. O caso será encaminhado para a Corregedoria.

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