A instalação de um monitor de 50 polegadas na sala do comando da 4ª Região da Polícia Militar em Chapecó, no final do ano passado, gerou polêmica inicial na tropa, onde alguns consideravam que o equipamento deveria ser utilizado na Central de Monitoramento das Câmeras de Vigilância do 2º Batalhão de Polícia Militar.
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O comandante, coronel Edivar Bedin, informou que pegou emprestado um monitor que não estava sendo utilizado, enquanto aguarda a chegada de um especificamente para o comando. Ele explicou que o objetivo não é ver novela ou as últimas novidades do Big Brother Brasil.
A iniciativa faz parte de uma estratégia da Polícia Militar de Santa Catarina que está implantando o monitoramento da frota. Até o final do ano todas as viaturas de segurança pública do Estado vão receber o GPS que permite acompanhá-las. Chapecó é a primeira cidade a testar a inciativa.
– É um Big Brother real – explica o comandante.
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Na tela, ele observa a posição dos veículos da PM nos 54 municípios abrangidos pelo comando do Oeste. Em Chapecó, Bedin observa o veículo que está parado no canil, outro que está se deslocando para atender uma ocorrência no Centro, qual está no pátio do batalhão e assim por diante.
Ele consegue ver a velocidade com que o carro se desloca e pode até fazer contato com a guarnição. Pode, inclusive, sabe se a porta do veículo está aberta. Em caso de uma viatura estar em situação de risco, é possível emitir um alarme. Assim, o comando tem condições de deslocar outras viaturas em apoio. No caso de uma ocorrência mais grave, ele visualiza quais as guarnições mais próximas para auxiliar.
Histórico da viatura
Bedin diz que criou até umas “cercas”, que são espaços delimitados em regiões de maior ocorrências, onde os veículos devem estar sempre presentes. Claro que, às vezes, há um veículo no interior de Xavantina que acaba perdendo o sinal de satélite. Mas ele tem a informação da hora que isso aconteceu e que hora retornou.
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Também tem o histórico de cada veículo, por onde passou e em que hora ele esteve em determinado lugar. O comandante afirma que isso permite conferir se há reclamação de uma atuação inadequada de um policial. Por outro lado pode provar que a polícia atendeu determinada ocorrência.
É possível, ainda, comprovar a velocidade em que o motorista do veículo está. Bedin conta que até o caso de uso particular de um veículo da PM está sendo apurado graças ao sistema.
O comandante explica que, desde outubro, está sendo implantado um banco de dados com fotos e informações mais completas das ocorrências. Isso permite elaborar gráficos que ficam disponíveis constantemente na tela.
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