Em meio ao quadro de falta de efetivo policial em todas as regiões do Estado, a Polícia Militar (PM) está anunciando a abertura de inscrições para a contratação de 415 agentes temporários de serviço administrativo.
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As vagas são para atendimento do telefone 190 nas centrais de emergência, videomonitoramento e serviços administrativos nos quartéis.
O setor de Comunicação Social da PM afirmou que, mesmo com o acréscimo de pessoal com os temporários, apenas um montante pequeno de policiais militares deverá ser liberado para reforçar o policiamento nas ruas.
Assinado pelo secretário da Segurança Pública, César Grubba, e pelo comandante-geral da PM, coronel Paulo Henrique Hemm, o edital de recrutamento e seleção prevê ao candidato, entre outras exigências, ter no mínimo 18 anos e máximo 23 anos, além do ensino médio. Os candidatos também deverão ser aprovados em uma prova técnica e ter parecer favorável no questionário de investigação social.
As inscrições vão de 4 de janeiro a 19 de janeiro e o valor cobrado é de R$ 40. O curso de formação tem duração de 165 horas/aula e está previsto para começar em abril de 2016. O salário do agente será de R$ 1.017,00. A contratação é por um ano, mas poderá ser renovada por mais um ano.
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Há vagas por exemplo para Florianópolis (30), Joinville (30), Lages (26), Chapecó (19), Criciúma (16), Balneário Camboriú (16) e São José (15) — mais informações podem ser consultadas no site da PM (www.pm.sc.gov.br).
O major Aires Pilonetto, da Comunicação da PM, afirma que os agentes temporários desenvolvem atividade importante para a corporação, recebem treinamento, são supervisionados durante o trabalho e não trabalham sozinhos.
A PM não soube informar nesta segunda-feira quantos agentes temporários trabalham atualmente pelo Estado em razão do período de recesso do funcionalismo.
Associação de praças critica contratações
Para a Aprasc, há problemas com as contratações de temporários e elas não resolverão a situação da falta de efetivo da PM em Santa Catarina:
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— Recebem pouco treinamento, ao mesmo tempo recebem treinamento militar e não serão militares e ainda tem a questão da terceirização, o que não é bom porque precariza o serviço público — pensa o coordenador de relações públicas da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc), Elisandro Lotin de Souza, apontando que há 700 agentes temporários na PM.