O cabo da Polícia Militar atingido por um tiro de fuzil e salvo graças ao colete à prova de balas durante o assalto ao Banco do Brasil em Seara, no Oeste catarinense, recebeu alta médica e descreveu o pavor vivido com mais dois colegas na madrugada da última terça-feira.

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Leodir Batista Christ, de 39 anos, sendo 21 anos na PM, contou ser de fuzil 762 o tiro que os assaltantes o acertaram quando a guarnição em que estava se aproximou da agência, no Centro.

Os ladrões permaneceram cerca de 20 minutos no banco, onde tentaram sem sucesso explodir o cofre principal. As rajadas das armas longas foram escutadas por moradores. Um deles chegou a gravar um vídeo (veja abaixo).

A quadrilha conseguiu fugir e ainda não foi capturada.

Confira os principais trechos da entrevista dada por telefone ao DC na tarde desta quarta:

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Era de fuzil mesmo o tiro que o atingiu?

Sim, de fuzil 762. Estávamos na ronda quando aconteceu. Fomos avisados pelo rádio por um vigilante que acionou a Polícia Militar.

Em que momentos os ladrões dispararam?

Chegamos perto da agência, a uns 200 metros, e vimos os carros parados na frente e já sabíamos que tinham feito reféns. Fomos aos poucos tentando avançar, aí escutei as rajadas na nossa direção. Foram três rajadas e já fui atingido. Senti que pegou no colete balístico e me abriguei no muro de uma residência.

Chegaram a atirar contra os assaltantes?

Não. Não teve o que fazer, tanto pelo armamento que tinham quanto pelo medo de atingirmos os reféns. Depois que eles (ladrões) saíram ainda fomos atrás, estourou o radiador da viatura e na troca os perdemos de vista. Só procurei o hospital uma hora depois por causa da dor.

Já havia passado por algo parecido?

Já atendi vários assaltos, mas nunca havia chegado a dar de frente com eles (assaltantes). O que mais a gente se preocupa é com a segurança dos colegas e terceiros. Os assaltantes atiravam e não queriam nem saber, sem nenhuma preocupação.

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