Camila Soares de Souza, 25 anos, natural de Goiânia, Goiás, foi presa com cerca de 68 mil comprimidos de ecstasy na manhã desta terça-feira na rodoviária Rita Maria, em Florianópolis. De acordo com a Polícia Militar, responsável pela operação, esta foi a maior apreensão de drogas sintéticas já realizada pela corporação em Santa Catarina.

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Suspeito de fazer a distribuição da droga na cidade, Jardel Veríssimo dos Passos, 28 anos, também foi detido. Eles foram presos quando a mulher entrava no veículo do receptador, na parte externa da rodoviária. A droga estava acomodada em duas malas cujo interior era revestido com fibra de carbono, para evitar detecção em aeroportos.

Segundo o tenente-coronel Marcelo Pontes, comandante do 4º Batalhão da PM, a droga era trazida da cidade de Amsterdã, na Holanda.

A presa, Camila Soares de Souza, contou aos policiais que receberia R$ 10 mil para transportar a droga. Ela teria sido recrutada pelos traficantes por ter experiência no exterior e falar inglês fluentemente. Já o receptador, Jardel Veríssimo dos Passos, tem antecedente por tráfico de drogas, segundo a PM.

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A jovem chegou ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na segunda-feira e pegou um ônibus em direção a Florianópolis, onde foi detida. O material apreendido será encaminhado à Polícia Federal.

PM monitorou a rodoviária por três dias

De acordo com o major Marzo, da Agência Central de Inteligência (ACI) do Comando Geral da PM, a investigação começou há um mês, quando a ACI recebeu as primeiras denúncias de que a carga viria para Santa Catarina.

— Sabíamos que o portador da droga viria de ônibus do Rio de Janeiro para evitar aeroportos. Então monitoramos a chegada de ônibus vindos do RJ à rodoviária e hoje conseguimos identificar a suspeita.

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Segundo Marzo, a ACI conseguiu reunir informações sobre possíveis suspeitos durante o mês de investigação.

— Sabíamos que era uma pessoa jovem e que desembarcaria com três malas. Ao sair do ônibus, ela ficou muito tempo ao celular e depois foi recebida pelo receptador, momento em que fizemos a abordagem. O Diário Catarinense não teve acesso aos presos e ainda não conseguiu conversar com os seus advogados.

Veja abaixo o momento em que a polícia abre uma das malas em que a droga estava acomodada: