A Polícia Militar começou a cumprir nesta quinta mandados de busca e apreensão nas casas de policiais suspeitos do sumiço de cerca de 100 revólveres do 8º Batalhão da Polícia Militar, em Joinville. O desaparecimento, admitido pela PM quarta-feira, foi verificado na contagem feita em junho.
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De acordo com a chefe da comunicação social da PM catarinense, tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, são dez policiais. Eles tiveram acesso às armas e estão estão sob investigação. Foram afastados de suas atividades.
– Por enquanto, nenhuma arma foi encontrada. As imagens das câmeras de segurança do lado de fora do quartel foram analisadas e não apontaram nenhum indício de irregularidade. Por isso, até o momento, nenhuma prisão foi decretada -, diz a oficial.
Não há monitoramento eletrônico do local onde estavam os revólveres.
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Segundo a oficial, é a primeira vez na história da PM que um número tão grande de armas desaparece de dentro de um batalhão. Para investigar o episódio, a PM acionou a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Joinville.
O promotor Assis Marciel Kretzer, que responde pelo Gaeco, diz que o Ministério Público acompanha de perto o caso e aguarda o andamento da apuração que está sendo realizada pela própria Polícia Militar. As armas eram para treinamento e teriam sido usadas durante a Operação Veraneio, nas praias do Norte.
– Como um relatório é feito mensalmente, as armas devem ter sido roubadas do quartel durante este último mês, mas também não está descartada a hipótese de erro no registro das armas -, diz Claudete.
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Um inquérito policial militar foi instaurado na terça-feira e deve ser concluído em cerca de 40 dias.