Os conselheiros da Associação Chapecoense de Futebol escolheram por aclamação a experiência de Plínio David de Nês Filho para comandar a reconstrução da Chapecoense. Ele foi eleito como presidente do clube para o biênio 2017/2018 em chapa única apresentada nesta sexta-feira, em assembleia. Ivan Tozzo segue como vice. No Conselho Deliberativo, Gilson Vivian assume o cargo máximo. Nei Maidana Mohr será o vice-presidente de futebol.
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Maninho, como é mais conhecido, já havia assumido parte do comando do clube após a tragédia com o avião da LaMia que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia, junto com Ivan Tozzo, que ficou como presidente interino.
Foi ele que viajou a São Paulo para negociar a contratação do técnico Vagner Mancini e do diretor-executivo de futebol Rui Costa. Também foi recepcionar o jogador Neto no aeroporto na quinta-feira.
Plínio De Nês é uma liderança ¿nata¿ na Chapecoense. Era o conselheiro de Sandro Pallaoro. Muitas das reuniões da diretoria nos últimos anos eram no escritório de Maninho.
Ele traz a experiência de ser de uma família de industriais e que era ligada ao esporte. Seu pai, Plínio De Nês, foi o fundador do frigorífico Chapecó. Apoiou a Chapecoense desde sua fundação. Maninho também foi da diretoria do clube. Ele foi buscar o volante Janga em seu carro, com o então presidente Lotário Immich, em Estrela, em 1977, ano do primeiro título Catarinense. Foi vice-presidente de futebol no primeiro Brasileirão da Chape, em 1978. Depois acabou se afastando por um período do clube.
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Antiga ligação com o esporte
Como diretor e depois presidente do Frigorígico Chapecó, ajudou a montar um dos melhores times de vôlei do país, vice-campeão da Superliga em 1997, que contava com Carlão, Giovane, Giba, Milinkovic, Pereira e Weber. Patrocinou Cristhian Fittipaldi na Fórmula 1 e Indy, a Portuguesa vice-campeã brasileira de 1996 e até Guga Kuerten, em início de carreira.
Teve a tristeza de ver o Frigorífico Chapecó não se sustentar economicamente. Seguiu com outros negócios, entre eles investimentos na Bolsa de Valores. A partir de 2009, passou a se envolver novamente na Chapecoense, atuando nos bastidores. Deu sua contribuição na montagem da diretoria que levou o time da Série D para a Série A. Foi se envolvendo cada vez mais até ser eleito presidente do Conselho Deliberativo.
Agora, apesar de já estar com 70 anos, viu que o clube necessitava de alguém para o comando e decidiu assumir o desafio da reconstrução da equipe. É um nome que sabe os caminhos que a Chapecoense percorreu para ser grande. Também é alguém capaz de unir lideranças e buscar profissionais para dar conta do patamar que a Chapecoense alcançou após a tragédia.