Um clima de profunda tristeza tomou conta da cidade de Biguaçu (SC), município com cerca de 60 mil habitantes. Cinco pessoas nascidas na cidade morreram em Santiago do Chile. Fabiano (41) e Débora de Souza (38) eram os pais de Karoliny (14) e Felipe (13). Além deles, o irmão de Débora, Jonathas Nascimento (30), e a esposa dele Adriane Krüger (nascida em Goiás) foram as seis vítimas de um acidente ocorrido em um apartamento alugado no centro da capital chilena.
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O Airbnb, a plataforma online utilizada pelos brasileiros para reservarem o apartamento no centro de Santiago, alegou que vai pagar pelo translado dos corpos até o Brasil. Ainda não há data para que isso seja feito. A informação foi divulgada durante o Jornal do Almoço, da NSC TV. Além disso, em declaração a um portal de notícias chileno, a empresa garantiu, para eles, é prioridade a segurança de anfitriões e hóspedes, mas que os donos dos espaços devem certificar que tudo está dentro das leis e regras locais.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Santiago, os seis brasileiros teriam sido intoxicados por monóxido de carbono. As janelas estavam fechadas quando os socorristas conseguiram entrar no apartamento. Mirivaldo de Campos, advogado da família catarinense, alega que os turistas receberam a informação de que a mãe de Débora e Jonathas morreu devido a um câncer nesta quarta-feira (22). Porém, eles acabaram passando mal no apartamento – possivelmente inalando um gás incolor e sem cheiro que teria saído do aquecedor.
A polícia local está investigando o caso, para confirmar o motivo das mortes ocorridas nesta quarta-feira (22). O guia chileno Marcelo Midolo, que foi até o local onde fica o prédio após ter sido avisado sobre pessoas que estariam “doentes”, diz que, nos próximos dias, deve sair uma resposta mais concreta sobre o que aconteceu.
Fabiano, Débora e os filhos moravam em Biguaçu. Jonatas e Adriane residiam em Hortolândia (SP). Eles estavam em Santiago na semana de aniversário de Karoliny, que completaria 15 anos essa semana. O prefeito de Biguaçu, Ramon Wolinger, que acompanhou a cremação da mãe de duas das vítimas nesta quinta, decretou luto oficial de três dias no município. A intenção é que aconteça um velório coletivo, após os corpos chegarem ao país.
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