O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse hoje, em Ribeirão Preto (SP), no discurso de apresentação do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que o programa de liberação de recursos nesta safra “será uma revolução, porque consolida algo que foi construído na ultima década, que é o respeito à produção”.

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Rossi considerou que os planos anteriores tinham ficado rotineiros e citou as mudanças para a edição deste ano, com novas linhas de financiamento para a citricultura, pecuária e cana-de-açúcar. No total, o governo vai liberar R$ 107,2 bilhões em financiamentos na safra, a partir de 1º de julho.

Rossi iniciou o discurso lembrando da inédita linha de financiamento de R$ 300 milhões para a indústria de suco de laranja adquirir fruta para a produção a ser estocada. Segundo o ministro, as negociações para a linha de financiamento minimizaram o relacionamento conflituoso entre a indústria e produtores. A nova linha de financiamento para a renovação de canaviais também foi lembrada. Estão previstos a liberação de recursos para a renovação de até 20% ou R$ 1 milhão por safra aos produtores.

O ministro ressaltou ainda as primeiras linhas de financiamento para a pecuária, para a retenção de matrizes bovinas e, principalmente, a renovação de pastagens, o que deve aumentar a produtividade por hectare do plantel brasileiro.

– Vamos sair de 1,2 cabeças por hectare para até três cabeças por hectare em 10 anos. Isso muda o patamar do plantel e libera terra para a agricultura – explicou.

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Por fim, Rossi destacou a ampliação da linha de financiamento para o médio produtor, para até R$ 700 mil.

– Queremos que o produtor médio tenha acesso aos meios para ser grande produtor – disse.