Depois de o presidente dos EUA, George W. Bush, fazer um novo pronunciamento na manhã desta terça-feira, no qual deu um recado direto aos parlamentares sobre a crise financeira, o Senado americano pode votar nesta quarta-feira o plano revisado. Já a Câmara dos Deputados deve voltar ao plenário quinta-feira.

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– As conseqüências vão ficar mais sérias a cada dia se não agirmos – disse Bush.

Com o Congresso fechado nesta terça, devido à comemoração do Ano Novo judaico, as negociações estão sendo feitas por telefone. Líderes democratas e republicanos e a equipe econômica do governo tentam acertar detalhes do novo plano.

Uma das propostas seria aumentar de US$ 100 mil para US$ 250 mil o seguro que o governo oferece a cada pessoa que tem conta em banco. Isso diminuiria o medo de perder dinheiro em caso de falência bancária, defendem os republicanos.

Mas a crise política continua. O democrata Barack Obama insiste que a hora é de apagar o incêndio.

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– Vai haver muito tempo para encontrar os culpados por essa situação – disse Obama.

Decepcionado, o republicano John McCain afirmou:

– O mundo olhou para Washington e os políticos estavam de mãos vazias.

– É um momento que precisa de cooperação, porque nenhum dos dois partidos tem força suficiente para resolver a crise – acredita Mauricio Font, diretor do Centro de Estudos Ocidentais da City University.

As bolsas em Nova York reagiram bem às negociações dos parlamentares. O índice Dow Jones fechou em alta de 4,68% e Nasdaq, 4,97%, nesta terça-feira.

Em meio à crise econômica, Bush atingiu o pior índice de aprovação desde que assumiu a Casa Branca, em 2001. Apenas 27% dos americanos apóiam o presidente.

As bolsas da Europa não se recuperaram totalmente das perdas de segunda, mas fecharam em alta. Na Ásia, a bolsa de Tóquio caiu mais de 4%, ainda sob o efeito da avalanche de segunda.

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No Brasil, o dólar recuou e terminou o dia valendo R$ 1,905. Em setembro, a moeda americana teve valorização de quase 17%. As informações são do Jornal Nacional.