Será apresentado hoje em São Paulo um plano de estímulo do governo federal para a área de tecnologia com recursos de quase R$ 500 milhões até 2015.

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Chamado de Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação – e apelidado de TI Maior, em referência ao Brasil Maior do Ministério do Desenvolvimento -, prevê aporte de capital público em empresas nascentes, as chamadas startups.

São ambiciosas as metas do governo de resposta no setor: dobrar o faturamento, para US$ 200 bilhões, e criar 900 mil empregos em 10 anos. O programa prevê, ainda, o treinamento de 50 mil profissionais para trabalhar no setor.

Deverá ser criada uma certificação para que pequenas e médias empresas possam participar de compras públicas e a instalação de quatro centros de inovação no Brasil, em parceria com empresas multinacionais.

O governo também passará a atuar como incentivador de startups, por meio de fomento a cinco aceleradoras que reunirão entre oito e 10 dessas empresas iniciantes. O investimento em cada uma será de no máximo R$ 200 mil. A meta é investir em 150 startups até 2015 – 25% das quais deverão ser estrangeiras, para estimular o intercâmbio de ideias, como ocorre no Vale do Silício.

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Na avaliação do governo, um dos principais problemas da indústria é o foco na prestação de pequenos serviços de desenvolvimento de programas simples, em vez de concentrar esforços para o desenvolvimento de softwares mais elaborados. Do faturamento de US$ 14,5 bilhões do mercado brasileiro de software e TI em 2011, 91% eram provenientes desses serviços, de menor valor agregado.

O governo quer estimular a criação de uma cadeia de fornecimento de softwares em torno das 15 áreas mais dinâmicas da econômica, elencadas pelo ministério. Usará para isso aportes a fundo perdido em companhias que forneçam tecnologia a esses setores e queiram melhorar seus produtos. Para definir as oportunidades prioritárias, o governo consultou grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Vale, Bradesco e Embrapa.

Participam do anúncio previsto para às 10h, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, o ministro de Ciência e Tecnologia, o gaúcho Marco Antonio Raupp, e o secretário de Políticas de Informática da pasta, Virgílio Almeida. O programa se estrutura em cinco pilares: desenvolvimento econômico e social, posicionamento internacional, inovação e empreendedorismo, produção científica, tecnológica e inovação e competitividade.