A Prefeitura de Florianópolis anunciou nesta segunda-feira (4) o plano Floripa Mais Empregos, que busca oferecer qualificação para mão de obra e geração de empregos na Capital. A expectativa do município é de ajudar na capacitação de 20 mil pessoas ao longo dos próximos dois anos, com geração deste mesmo número de vagas de trabalho para o público que participar das qualificações.
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Os principais setores favorecidos devem ser os de turismo, tecnologia, construção civil, comércio, serviços e empreendedorismo de pequenas e médias empresas. O investimento das ações do plano de estímulo ao emprego devem ser de R$ 25 milhões – sendo R$ 7 milhões por parte da prefeitura, R$ 5 milhões do Sebrae e R$ 13 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do governo federal, parceiros que também participam do projeto.
Os detalhes específicos sobre como vão funcionar as qualificações ainda não foram divulgados na apresentação do plano Floripa Mais Emprego, que ocorreu em uma transmissão ao vivo nas redes sociais com o prefeito Gean Loureiro (DEM) e o vice-prefeito Topázio Neto (Republicanos). Apesar disso, o prefeito disse que os primeiros cursos gratuitos devem começar já em janeiro.
Caso a estimativa da prefeitura para geração de novas vagas se confirme nos dois anos, o município pode recuperar os postos de trabalho fechados no ano da pandemia e até gerar novas oportunidades.
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Em 2020, Florianópolis foi a sexta cidade do país que mais perdeu vagas de emprego, com saldo negativo de 7.545 entre admissões e demissões. Somente Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Macaé (RJ) tiveram mais vagas fechadas no último ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A maior queda na Capital catarinense ocorreu no setor do comércio, que teve redução de 5% nos postos de trabalho.
Na transmissão, o prefeito citou cargos como jardineiro, serviços gerais e programador, na área de tecnologia, como possíveis postos de trabalho em que as capacitações ajudariam os trabalhadores a conquistarem vagas e se manterem nos empregos.
Entre os próximos passos do programa estão o detalhamento das propostas após conversas com entidades como a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) e a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).
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Investimentos públicos estimados em R$ 300 milhões
A prefeitura também anunciou a intenção de aplicar R$ 300 milhões nesse período de dois anos em obras e investimentos públicos em geral, que segundo o vice-prefeito também são indutores de crescimento econômico. Entre as ações que devem integrar esse valor estão projetos como o engordamento da faixa de areia das praias de Ingleses e Jurerê, a nova ponte da Lagoa da Conceição, revitalização do Centro Leste e da Via Expressa Sul, obras já prometidas pelo prefeito e citadas também no discurso de posse do segundo mandato, no dia 1º de janeiro.
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Além disso, o município também promete ações de apoio ao setor produtivo, como fortalecimento do programa de microcrédito a juro zero, estudar a criação de um Fundo de Aval para facilitar a obtenção de créditos por empreendedores e a criação da sala do empreendedor, um espaço único para resolver todas as pendências de pessoas jurídicas com a prefeitura, semelhante ao Pró-Cidadão, mas voltado a empresários. Processos mais ágeis para autorização de eventos e licenciamentos, atualização do Plano Diretor, e apoio ao turismo e a produtores locais que queiram vender seus produtos em outros mercados também foram citados pelo prefeito e pelo vice-prefeito como ações para estimular o ambiente de negócios e impulsionar a economia no período de retomada da crise após os prejuízos da pandemia.
– Esperamos uma retomada não só daquilo que se perdeu, mas uma retomada do crescimento do número de pessoas empregadas em Florianópolis. Estamos aliando ainda a convivência com a doença (covid-19), buscando diminuir os números e esperando a vacina, mas fazendo um projeto de curto, médio e longo prazo com resultados para toda a sociedade – afirmou Loureiro.
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