A partir do ano que vem, as metas de Jaraguá do Sul com relação ao trânsito devem estar no papel. O plano de mobilidade urbana da cidade começa a ser elaborado neste ano e será entregue em 2015, traçando ações e indicando caminhos para melhorar a circulação por Jaraguá do Sul – seja para quem está de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé.
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Amanhã, será assinada a ordem de serviço que dará o impulso inicial para a empresa licitada – Urbtec TM Engenharia, Planejamento e Consultoria, de Curitiba – começar os trabalhos. Vias, estacionamento, deslocamento de cargas, pontes, ciclovias e terminais de ônibus estarão no projeto.
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O presidente do Instituto Jourdan, Benyamin Parham Fard, explica que dois produtos serão entregues. O primeiro, com prazo de seis meses, é o plano municipal de transporte público coletivo. O documento servirá de base para o lançamento da licitação do transporte público da cidade, que deve ser feito na metade de 2015.
A proposta é antecipar a data da licitação para que, ao terminar a concessão do atual contrato com a empresa Canarinho, em agosto de 2016, o processo já esteja bem encaminhado. No segundo semestre, será lançado o plano municipal de mobilidade urbana, que inclui o plano de transporte público coletivo, além de outras diretrizes. A empresa terá dez meses para completar o estudo. O custo para os dois planos é de R$ 398 mil, valor abaixo do máximo previsto, que era de R$ 550 mil.
A elaboração do documento atende ao previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana, que exige das cidades brasileiras um plano municipal – as que não têm o estudo ficam impossibilitadas de receber recursos federais.
Nos dez meses de gestação do plano, reuniões mensais irão garantir a elaboração de um documento participativa. Cerca de 80 pessoas, entre integrantes do Comcidade, representantes de entidades e da sociedade civil farão parte do grupo que irá manter encontros mensais para a construção do plano.
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Uma cidade voltada para as pessoas
Entre os objetivos do plano de mobilidade está traçar melhorias que possam ser sentidas rapidamente pelos moradores de Jaraguá. Mais do que facilitar o tráfego de carros e diminuir pontos de engarrafamento, o plano de mobilidade urbana quer tornar meios alternativos de transporte mais interessantes do que os veículos particulares.
– Temos que pensar a cidade para as pessoas, não para os carros. Essa é a filosofia que o Instituto Jourdan segue. O carro é mais uma dentre várias opções, é assim que deve ser encarado – diz Benyamin Parham Fard.
Entre as medidas que devem ser integradas ao plano estão ações já em andamento, como a criação dos corredores preferenciais para ônibus.
Apenas com as faixas das ruas Marechal Deodoro e Reinoldo Rau já foi possível diminuir o tempo de percurso em até 20 minutos, segundo estudo do Instituto Jourdan. A expectativa é que com a criação de novas faixas, o ônibus se torna cada vez mais interessante para a população. Requisitos que devem ser aplicados na licitação do ano que vem devem contribuir para isso, aumentando a qualidade e ofertando um preço atrativo.
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– A tendência é que as pessoas comecem a perceber que elas fazem parte do congestionamento e ver que elas estão paradas enquanto os ônibus seguem. Se for bom, confortável e tiver um preço justo, elas vão aderir ao ônibus – afirma.