Criação de uma estatal para obras, democracia nas escolas e ampliação de hospitais. Estas são algumas das propostas de Alex Borges Alano ao governo de Santa Catarina. Candidato pelo PSTU, esta é a primeira vez que ele concorre a um cargo público, tendo como vice Gabriela Santetti Celestino, do mesmo partido.
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Alex estrutura o plano de governo, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 8 de agosto, em 16 pontos que abordam assuntos como economia, infraestrutura, saúde, educação e direitos das mulheres, índigenas e da população LGBTQIA+.
Na candidatura, Alex também apresentou o nome que será usado nas urnas durante as eleições de outubro: Professor Alex Alano. Ele declarou R$ 301.480 em bens.
Em Santa Catarina, seis concorrentes ao governo já tinham as informações do registro divulgadas no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até as 13h desta quinta-feira (11).
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A reportagem do Diário Catarinense analisa os planos de governo informados pelos candidatos no ato do registro de candidatura e destaca as principais propostas previstas nas áreas de infraestrutura, educação, gestão e saúde. Os eixos fazem parte do projeto SC Ainda Melhor, que ouviu 81 entidades para identificar as principais demandas do Estado.
Confira abaixo alguns destaques do plano de governo de Alex Borges Alano:
Educação
- Garantir o ensino diferenciado aos povos índigenas e políticas de permanência para os povos indígenas nas universidades
- Educação pública que respeite a diversidade de gênero e a orientação sexual, garantindo o livre e seguro desenvolvimento e exercício da sexualidade
- Dobrar o orçamento estadual da Educação em Santa Catarina para garantir vagas para todas as crianças nas creches e escolas públicas
- Revogação do atual plano estadual de Educação e pela construção de um plano que garanta investimento público para a Educação pública
- Cumprimento da Lei 11.645/08, que determina o estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, com contratação de professores especializados e recursos para materiais didáticos
- Estatização e federalização das instituições privadas de ensino superior do sistema da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe)
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Gestão
- Revogar as privatizações e terceirizações dos serviços públicos e das empresas públicas;
- Defesa de um governo formado por conselhos populares;
- Controle de Santa Catarina por Conselhos Populares Deliberativos que vão deliberar e fiscalizar 100% do orçamento público, eleito nas periferias, locais de trabalho e de estudo.
Infraestrutura
- Plano para construir hospitais, postos de saúde, escolas e creches, casas populares, obras de saneamento, investimentos preventivos e para socorro contra as enchentes, vendavais e secas. Obras de infraestrutura necessárias para o povo e, desta forma, gerar emprego e renda
- Criar empresa estatal de obras para garantir a construção de moradias populares faltantes e obras de infraestrutura, a baixo custo
- Garantir transporte público, asfaltamento, saneamento básico e infraestrutura de saúde, educação, transporte e outros serviços públicos decentes para esses bairros onde já existem moradias populares
- Reforma das ruas, praças, parques, becos e vielas das cidades; iluminação, rede Wi-Fi gratuita por todas as cidades, infraestrutura de áudio e vídeo para todas as praças e parques – priorizando as localidades nas periferias – e que desenvolva a realização permanente de atividades culturais, de esporte, lazer e formação, inclusive noturnas, dando a estes espaços vida e fortalecendo experiências de socialização entre as pessoas
- Verbas para as melhorias e projetos de duplicação necessários das rodovias. Fim dos pedágios e a reversão dos processos de privatização das rodovias
- Investimentos para construir novos modais de transportes, a exemplo das ferrovias e transporte marítimo, e que não deixem o país refém somente do modelo rodoviário. Defendemos a aplicação anual de 2% do PIB nos transportes, onde o estado de Santa Catarina participaria desse investimento de acordo com sua participação na arrecadação dos tributos que existem no país
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Quem são os candidatos a governador de Santa Catarina nas Eleições 2022
Saúde
- Atenção médica às enfermidades com maior incidência entre negros e negras, como anemia falciforme, diabetes, miomas, hipertensão, dentre outras
- Política estatal e “humanizada” de saúde mental, cujos distúrbios, em função das péssimas condições de vida e o impacto psicológico e emocional da opressão, têm aumentado entre negros e negras
- Saúde diferenciada e de qualidade para a mulher indígena
- Dobrar o orçamento estadual da saúde para dotá-lo de condições necessárias para oferecer atendimento de qualidade e acabar com as filas, inclusive de médicos especialistas
- Lutar pelo investimento nacional de 10% do PIB na área da saúde e mais 10% na área da educação. Investimento público somente para a área pública e estatal
- Retomar para o SUS o controle do Hospital Florianópolis e demais unidades de saúde públicas que foram entregues para as entidades privadas comandarem. Garantir atendimento estadualizado de saúde em seus diferentes graus de complexidade
- Ampliar as unidades de atenção e hospitais gerais e pediátricos públicos e dos leitos de UTI para garantir atendimento às famílias
- Não as privatizações e implantação de OSs (Organizações Sociais), fundações privadas e tercerizações na saúde, educação e demais áreas dos serviços públicos;
- Abertura de concursos públicos
- Respeito à indentidade de gênero na saúde, nas instituições de ensino, presídios e em todos os espaços sociais
- Acesso amplo à saúde para transexuais, incluindo o direito à cirurgia de redesignação sexual e a tratamentos hormonais pelo SUS
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