O professor Ubaldo Balthazar, escolhido como reitor na votação em segundo turno na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), deixa claro que o seu trabalho será o prosseguimento da gestão de Luiz Carlos Cancellier, que tomou posse em 2016 e morreu em outubro do ano passado. A morte ocorreu dias depois de deflagrada a operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal.

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Balthazar chegou a dizer, no momento que assumiu como reitor pro tempore (temporário) da universidade, que não seria candidato ao cargo na eleição deste ano. Ele já se preparava, inclusive, para se aposentar. Agora, ficará mais quatro anos a frente da instituição.

— Nós vamos trabalhar com os mesmos princípios que inspiraram a gestão curta do professor Cancellier: uma universidade transparente, saudável e respeitando a autonomia — citou o novo reitor.

O resultado foi divulgado por volta das 22h30 desta quarta-feira (11). O candidato vencedor teve 54,67% dos votos, contra 42,65% do professor Irineu de Souza — o segundo concorrente na disputa em segundo turno do pleito havia conseguido o maior número de votos no primeiro, realizado no dia 28 de março.

— Foi uma campanha rápida, intensa. muito cansativa, mas vitoriosa — declarou Balthazar.

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Segundo Balthazar, são ao todo 454 itens no plano de gestão elaborado por sua chapa, e outros dez foram incorporados das propostas feitas pelo grupo do professor Edson de Pieri, candidato que deixou a disputa ainda no primeiro turno da eleição da UFSC.

Uma das questões que precisam ser resolvidas “de forma mais rápida”, de acordo com o novo reitor, é a fila no Restaurante Universitário (RU). Outro ponto é a falta de vagas na Moradia Estudantil. Durante um debate ainda no primeiro turno, houve uma manifestação de estudantes para chamar a atenção sobre os problemas. Balthazar admite que o prédio está em “situação deplorável”.

— Não posso prometer nada agora, mas nós vamos busca uma solução — disse o professor.

O novo reitor da UFSC também garante estar atento à situação do Hospital Universitário (HU), para que a unidade possa atender a comunidade, já que ainda sofre com as dificuldades provocadas por falta de leitos.

A data para a posse ainda não está definida, pois depende dos trâmites burocráticos em Brasília. Uma lista tríplice é encaminhada para aprovação da Presidência da República. Balthazar acredita que a posse no Ministério da Educação deve acontecer até o fim de maio.

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*Com apoio de Karine Wenzel, do Diário Catarinense

Ouça a reportagem de Leandro Lessa: