Depois de cinco meses de estudos e testes foi apresentado nesta segunda-feira (23) o plano de contingência para eventuais problemas que possam acontecer nas pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles. E, segundo a Defesa Civil de SC, o plano está pronto para ser colocado em prática, se necessário. As duas estruturas são as responsáveis por ligar a Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, à área continental da cidade e, por consequência, ao restante do Estado.
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O estudo apresenta uma série de soluções, caso aconteça alguma situação que provoque o fechamento parcial ou total de qualquer uma das estruturas. De acordo com a Defesa Civil estadual, estão previstas ações até mesmo se uma das estruturas entrar em colapso e cair.
Até então, casos pontuais, como grandes acidentes ou problemas estruturais, aconteciam nas pontes. Uma grande discussão se formava entre os órgãos envolvidos com as pontes.
Prefeitura, governo do Estado e até o governo federal tinham dificuldade para dar respostas rápidas e amenizar os impactos sofridos pelos moradores, que passam diariamente pelas duas pontes.
De acordo com o chefe da Defesa Civil estadual, João Batista Cordeiro Júnior, o principal problema é que cada órgão tinha o próprio planejamento, caso as situações acontecessem. No entanto, nenhum deles tinha acesso à ideia dos outros envolvidos na resolução do problema.
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Agora, todos sabem quem precisa agir, como precisa agir e quanto tempo cada resposta para esse tipo de evento pode demorar.
— Existem diversos cenários que podem acontecer sobre as pontes, desde um colapso, até um acidente que vai fechar a ponte toda ou parte dela. Então, tudo isso foi avaliado e se fez testes de reversão das pontes, para avaliar o tempo de ser feito isso — diz Cordeiro Júnior.
Plano pronto, mas sem detalhes divulgados
O plano de contingenciamento, segundo ele, já está pronto para ser colocado em prática. No entanto, os detalhes de funcionamento ainda não serão divulgados, porque falta a homologação de alguns pontos. Cordeiro Júnior ressalta ainda que esse plano tem como objetivo atender a casos grandes e de difícil resolução, não os acidentes de trânsito ou quebras de veículos que ocorrem quase diariamente sobre as duas pontes.
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Para o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido), ações como a implantação de um guincho que atua na retirada de veículos quebrados ou batidos nas pontes já ajudaram a minimizar os transtornos causados à população. Ele acredita que o plano se soma a essas iniciativas de forma positiva:
— Hoje, nós temos a oportunidade de ter um estudo de um plano de contingência, feito a várias mãos, coordenado pela Defesa Civil do Estado e do município, para que, em caso de emergência, atuar da maneira mais rápida em Florianópolis.
Nas próximas semanas, a Defesa Civil irá preparar um material de divulgação, explicando aos moradores quais as medidas serão efetivamente implementadas nos principais cenários de problemas e que atitudes a população pode tomar para ajudar na execução das tarefas.
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Estudos terão continuidade
Ainda de acordo com a Defesa Civil, a implantação do plano não significa que ele seja estático e imutável. Ao contrário, as iniciativas serão avaliadas e revisadas de tempos em tempos, incluindo novas ações, de acordo com as necessidades do município. Isso inclui, por exemplo, o uso da Ponte Hercílio Luz para ajudar na passagem do tráfego de veículos, caso uma das outras estruturas seja fechada.
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A inclusão da Velha Senhora no plano depende primeiro da finalização dos trabalhos de restauro da estrutura, previstos para serem entregues até o fim deste ano, e a consequente liberação da ponte para a passagem de veículos.