Pensar a cidade do futuro. Especialistas e entidades acreditam que só assim se conseguirá preservar o meio ambiente e a qualidade de vida da cidade.

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Entre as participantes do Movimento Floripa Te Quero Bem, a presidente da ONG FloripAmanha, Zena Becker, defende que o prefeito deva construir ações com visão no futuro.

– O planejamento ideal leva em conta, no mínimo, 20 anos. Não é só tomar medidas pontuais – acentua.

O passo inicial é a aprovação do Plano Diretor Participativo, com princípios predefinidos sobre o uso das áreas do município. Além de passar pelo Legislativo, o importante é fazer valer as regras. O plano diretor atual recebeu nada menos do que 95 alterações entre 1997 a 2007.

– O novo prefeito precisará ter pulso firme nas decisões para não ceder às pressões – analisa Zena.

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O vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Giovani Bonetti, observa que por ser dinâmico, o plano diretor pode precisar de alterações ao longo dos anos. Mas devem ser feitas com comprovação da necessidade. Ele defende que passe antes por um fórum de discussão técnica, ainda a ser criado.

Outra necessidade apontada por Bonetti é revitalizar o Ipuf, com ampliação e requalificação do pessoal, assim como a criação de um conselho de planejamento da Grande Florianópolis para pensar toda a região.

Uma das áreas que mais precisam atenção é a de saneamento (água, drenagem, lixo e esgotamento sanitário) que atende menos da metade da população.

– Florianópolis tem índice baixo de esgotamento sanitário e um ambiente frágil. Para resolver, é preciso investir em toda a região metropolitana – avalia o professor do Departamento de Engenharia Sanitária da UFSC, Paulo Belli Filho.

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Confira os desafios: