– Qual caminho devo seguir? – pergunta Alice ao gato de Cheshire, ao se ver em um uma encruzilhada no País das Maravilhas. Depende, responde o gato, de aonde quer chegar. A personagem diz apenas que não sabe, no que retruca o felino:

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– Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve – responde o gato, desaparecendo aos poucos, deixando no ar apenas seu sorriso.

É com essa fábula, de um dos livros que marcou sua vida, que Eugênio Mussak, educador, escritor e palestrante na área de Recurso Humanos, explica a importância de a pessoa ter um plano para sua carreira.

– A vida debocha de quem não tem planos, essa é a grande mensagem do autor – conta Mussak sobre o livro Alice no País das Maravilhas.

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Para quem não sabe, o autor desse clássico da literatura mundial na verdade se chama Charles Lutwidge Dodgson e era professor de lógica em Oxford. Lewis Carroll, pseudônimo com que assina a obra, seria, digamos, seu segundo plano. Mas é hoje o trabalho pelo qual o britânico, que nasceu em 1832, é mais conhecido. Ele tinha dois.

Não é incomum o profissional de hoje adotar a filosofia do “deixa a vida me levar.” É por isso que às vezes a carreira da pessoa parece estagnada. A sensação de que você não avança decorre muito de não saber até onde quer ir.

– O grande sabotador de todos os planos de carreira é não saber aonde quer chegar – conta a coach Richeli Sachetti, licenciada pela Sociedade Brasileira de Coaching.

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Ter um plano de carreira é você estabelecer relações temporais. O passado estará sempre constante no presente, aquilo que você já realizou como profissional. E o futuro tem que estar também, como uma meta a ser alcançada.

– Stress vem de trabalhar e trabalhar sem ver resultado. Independente do que fiz no meu dia, você tem que chegar em casa com a sensação de que evoluiu naquela linha do tempo – Richeli.

Anelise Larroyd tem 29 anos e é formada em administração de empresas. Ela conta fez escolhas profissionais sempre pensando em chegar no ponto em que está agora.

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– Eu fiz o plano B primeiro para consegui chegar no meu plano A: empreender – conta Anelise.

Ela fechou negócio para ser representante comercial em Santa Catarina de uma empresa de São Paulo de tecnologia, a PowerPlug, para trazer uma novidade na área para o Estado. Antes, trabalhou em uma empresa de eventos para conseguir experiência e contatos no meio em que agora vai se tornar empresária.

Pode parecer complicado falar em Plano B com quem muitas vezes não tem nem um Plano A para a sua carreira. Mas é necessário. É a única forma de a pessoa não ser apenas espectadora da construção de sua própria história.

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