– Sustentabilidade é uma palavra confusa, mas funciona.

Foi com essa frase que Dan Epstein, diretor de Sustentabilidade e Regeneração Urbana dos Jogos Olímpicos de Londres, encerrou sua participação no Fórum Mundial de Sustentabilidade nesta quinta-feira. E pela exposição que fez dos projetos britânicos para a olimpíada de 2012, a impressão geral da plateia foi que, com planejamento e transparência, os jogos “verdes” têm tudo para fazer história.

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Mesmo tendo de atravessar a crise financeira mundial de 2008 em meio à definição do que seria feito em Londres, os britânicos não deixaram de lado a qualidade dos projetos para a vila olímpica e os estádios onde serão realizadas as competições.

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– Optamos por construir prédios que sejam úteis após os jogos – afirmou Epstein.

O “depois”, aliás, é o grande foco da organização da competição. A cidade, de acordo com Epstein, vai aproveitar a oportunidade para se regenerar e fazer melhorias em seu transporte público e em outros itens de sua infraestrutura. Tudo informado de forma transparente para a população.

– Existe muita crítica a esse tipo de projeto. Por isso, ele deve ser aberto, honesto e sustentável – afirmou.

O segredo é envolver a comunidade

Para garantir essa abertura, os britânicos levaram os moradores para conhecer as construções e mostraram o que projetam para elas após o fim dos jogos. Também estabeleceram metas e previsões de gastos e as comunicaram. Fizeram o mesmo com os erros cometidos ao longo do caminho. Assim, ganharam a confiança da população.

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Ao opinar sobre o que o Brasil deve fazer para garantir que a sustentabilidade permeie os dois grandes eventos esportivos que sediará nos próximos anos – a Copa de 2014 e a Olimpíada do Rio em 2016 -, Epstein garantiu:

– O importante é ter bem estabelecido o que o país quer fazer. Quatro bilhões de pessoas vão estar olhando. O Brasil tem de aproveitar bem essa oportunidade.

Nessa hora, garante o britânico, é importante cercar-se da melhor equipe de projetistas, manter a rigidez nos planos e o controle nos gastos.

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Um exemplo para a Copa

O caderno Nosso Mundo Sustentável da próxima segunda-feira traz uma reportagem completa com os planos verdes para a Copa do Mundo de 2014 e o que o Brasil pode tomar como exemplo dos jogos de Londres. Aguarde.

*A editora viajou a convite do Grupo de Líderes Empresariais (Lide)