As placas de balneabilidade instaladas nas praias catarinenses como informação de saúde pública não tem obtido o sucesso esperado, graças a ação de vândalos. Derrubadas, riscadas ou com a grafia alterada, com as letras “im” da inscrição “Impróprio para banho” removida, as placas destruídas, só neste feriadão, chegam a 40 das 200 espalhadas pela Fundação do Meio Ambiente – Fatma – no litoral do Estado. O número verificado em anos anteriores, segundo a fundação, é semelhate aos 20% que foram alvo dos criminosos nos últimos dias.

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Ingleses, Canasvieiras, Santinho, Lagoa da Conceição, Campeche, Balneário Camboriú e Itapema estão entre os locais prejudicados pelas depredações. Repor o material já faz parte da rotina da fundação. Licitada no início de dezembro, a reposição deve iniciar na próxima semana. De acordo com o gerente de Análise e Pesquisa da Qualidade Ambiental Haroldo Tavares Elias, de 60 a 80 placas são adquiridas anualmente para comunicar a balneabilidade de praias e rios catarinenses. Cada unidade custa para o Estado cerca de R$ 450, só as 40 vandalizadas neste feriado, representam um prejuízo de R$ 18mil. As 80 placas adquiridas todos os anos somam R$ 36mil aos cofres públicos.

Os técnicos da Fatma explicam que as placas com adesivo ‘Impróprio” são o principal alvo de vândalos, no entanto, algumas com adesivos de “Próprio” também foram furtadas. A fundação estuda um novo tipo de toten para os balneários, mais seguros contra depredações e mais caros. Para saber das condições das praias, o banhista pode consultar um relatório emitido semanalmente pela fundação no site www.fatma.sc.gov.br.

De acordo com o engenheiro sanitarista da Fatma Camilo Hollanda, a definição de um local impróprio para banho é dada a partir da coleta de cinco amostras da água. Se a última coleta der acima de dois mil coliformes fecais ou se duas das cinco últimas amostras coletadas derem acima de 800 coliformes, a água é considerada imprópria.

– Os coliformes estão presentes no intestino humano e a presença deles na água indica que há esgoto no local, ou seja, pode haver vermes e outros contaminantes presentes nas fezes humanas. Por isso, a destruição da placas é preocupante, representa um risco à saúde das pessoas, um crime ambiental – explica Hollanda.

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No caso de flagrar uma placa destruída, comunique a Fatma pelo 48 3216 1770 ou na Ouvidoria do Estado pelo 0800 644 8500.?