O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que na próxima segunda-feira a Polícia Federal deve dar início ao processo de extradição de Henrique Pizzolato.

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O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil e condenado a 12 anos e sete meses no caso do Mensalão deve ser levado diretamente para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Justiça italiana autoriza extradição a partir do dia 15 de junho

O ministro fez a afirmativa durante entrevista coletiva no encerramento da cúpula de Ministros da Justiça e do Interior dos Países do Mercosul, que começou na segunda-feira e se encerra nesta sexta-feira em Florianópolis.

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Cardozo ainda disse que estava em discussão levar Pizzolato às penitenciárias de Florianópolis ou Joinville, uma vez que o condenado é natural de Santa Catarina, mas optou-se por prendê-lo no Distrito Federal.

– O processo poderá ser feito a partir de segunda-feira pela Polícia Federal e acredito que será com rapidez, salvo se houver suspensão da extradição pela Justiça italiana. Soube hoje que foi interposto novo recurso, mas ainda não tenho conhecimento do resultado – declarou Cardozo.

O governo italiano autorizou a extradição de Pizzolato a partir do dia 15 de junho. O Tribunal Administrativo Regional do Lazio, na Itália, rejeitou o recurso protocolado pela defesa e autorizou, na semana passada, a extradição. Os advogados alegaram que os presídios brasileiros não têm condições de garantir a integridade física dos detentos.

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Numa tentativa de reverter a decisão, os advogados de Pizzolato ingressaram com novo recurso na Justiça italiana ainda nesta sexta-feira. Na quinta-feira, após a mais alta corte italiana decidir pela extradição, Pizzolato deu início a uma greve de fome na cadeia de Modena, onde está preso.

Antes de ser condenado na Ação Penal 470, Pizzolato ele fugiu para a Itália com identidade falsa, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2014, na cidade de Maranello.

* Com informações do repórter Diogo Vargas