O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, e preso na Itália no dia 5 de fevereiro, foi denunciado pela polícia da Itália por substituição de pessoa, falso testemunho a um oficial público e falsidade ideológica.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

> Em depoimento, Pizzolato diz que seu processo é político

> Governo inicia processo para pedir extradição

> Veja a apresentação da PF sobre a operação

Continua depois da publicidade

> Henrique Pizzolato é preso na Itália

Pizzolato fugiu para o país europeu depois que sua sentença foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Segundo os investigadores, ele saiu do Brasil e entrou na Itália com um passaporte falso em nome de seu irmão falecido, Celso. Durante dois meses, Pizzolato morou em uma casa alugada com vista para o mar em Porto Venere, na costa da Ligúria. No entanto, ele foi detido na residência de um sobrinho em Maranello.

No apartamento em que o ex-diretor e sua mulher alugavam foram encontrados alguns pendrives com diversos documentos bancários sobre transações que somam dezenas de milhares de euros. A partir de uma primeira análise dos arquivos, a polícia acredita que ele estivesse se preparando para investir grandes quantias na Itália.

A Procuradoria-Geral da República pediu na semana passada ao Ministério da Justiça a extradição de Pizzolato. Caso a extradição não seja aceita, pelo fato de ele ter dupla nacionalidade, a PGR pede que o condenado cumpra, na Itália, a pena definida no julgamento do mensalão.

A Interpol divulgou em seu site uma foto do passaporte falso usado pelo foragido: