
Quando um empreendedor começa seu negócio, a primeira coisa da qual ele abre mão é a estabilidade do emprego fixo. Muitas vezes, o planejamento começa com a economia de recursos ou trabalho dobrado para ter o capital inicial necessário, e o risco sempre é muito grande. Nessas horas, pensar que tudo pode dar errado é muito assustador.
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Os empreendedores precisam estar preparados para errar e identificar esse erro o mais rápido possível. Assim, com agilidade, conseguimos arrumar a empresa para tentar de novo outra coisa ou novas formas de fazer aquilo — como falamos no ecossistema de tecnologia, precisamos pivotar rápido. Quando o erro é reconhecido rapidamente, dá tempo de mudar e de aprender.
Pivotar é um termo é derivado do inglês to pivot, em português, mudar ou girar, e significa uma mudança radical no rumo do negócio. É importante lembrar que pivotar é mudar a direção do negócio, testando hipóteses novas, mas ainda assim mantendo a base do negócio, não perdendo o que já foi conquistado.
Pivotar não é desistir. Quando um empreendedor desiste do seu negócio, a única coisa que ele leva é o aprendizado e a experiência, estando talvez mais preparado para outras oportunidades. Mas quando ele pivota, reaproveita o que foi conseguido e aplica na nova estratégia.
Donos de startups costumam pivotar com mais facilidade porque o negócio está sendo criado, e é comum testar qual estratégia faz mais sentido para o negócio. Nas empresas de tecnologia o pivot é mais fácil de ser explorado porque o mercado muda rápido e os ativos são, na maioria da vezes, intangíveis, assim é mais fácil adaptar e tornar o modelo mais escalável.
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Precisamos desconstruir a ideia de que errar é ruim. Ter um espaço para aceitar a falha possibilita a inovação, e só quando nos arriscamos muito é que conseguimos criar algo essencialmente novo. A agilidade para se adaptar pode ser o maior diferencial de uma empresa e isso só é conquistado quando o erro é permitido.
*Alexandre Souza é gestor do Startup SC, do Sebrae SC