O paraguaio Pittoni conhece bem o Brasil. Um dos carrascos do Atlético-MG na primeira partida da final, o jogador do Olimpia já vestiu a camisa do Figueirense. Contratado em janeiro de 2011, ficou um ano no clube e não deixou saudades.

Continua depois da publicidade

Diário Catarinense – O que mudou de 2011 para cá?

Pittoni – Mudou muita coisa. O Figueirense me tratou muito mal no ano passado, não fui tratado como um jogador deve ser. Não tiveram respeito comigo. Fiquei muito triste com a situação, assim como a minha família. E agora estou feliz no Olimpia e pronto para fazer história.

DC – O que estava errado no Figueirense no ano passado?

Pittoni – O ano passado começou todo errado. Depois a diretoria mudou, teve a briga com o (Eduardo) Uram, eles não pagaram o meu salário e ainda me colocaram para treinar separado. O que eu vivi não desejo para ninguém.

Continua depois da publicidade

DC -Você não quis continuar no Brasil?

Pittoni – Eu tive uma proposta para ficar no Brasil. O Vitória tinha interesse, mas falei para o meu empresário que eu precisava voltar para o Paraguai para retomar o ritmo que eu tive no Figueirense em 2011. Infelizmente, naquela ocasião eu me machuquei e isso atrapalhou muito o meu futuro. O meu empresário conseguiu me colocar no Olimpia e estamos na final da Libertadores.

DC – Você acha que está próximo do título depois da vantagem conquistada no Paraguai?

Pittoni – Nossa vantagem é pequena, porque o Atlético-MG é um time muito bom, com jogadores experientes e um craque como Ronaldinho. Mas estamos treinando e vamos para o jogo com os pés no chão.

DC – O Olimpia vive uma crise financeira, certo?

Pittoni – Isso também vai ser história no Olimpia. Quando eu cheguei aqui a coisa estava mal, com salários atrasados. A diretoria não aparecia no treinos, mas, graças a Deus, conseguimos formar um grupo forte e competitivo para chegar à final.