Durante sete anos, Oliver cumpriu bem o papel de cão de companhia, segundo Marcelo Gonçalves Pontes, 27 anos, tio do menino atacado pelo pitbull. Criado desde filhote pelos donos, o pitbull não havia demonstrado agressividade contra a família até a manhã desta quarta-feira, quando atacou o filho do dono, um menino de três anos.
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O cão, até então seria dócil e companheiro, mostrou-se uma fera capaz de causar ferimentos graves no lado direito do rosto da criança, que foi levada em estado grave para o Hospital Universitário Pequeno Anjo. O menino passou por uma cirurgia durante a tarde e deve passar as próximas horas sedado, na UTI. Apesar da gravidade dos ferimentos, ele não corre risco de morte.
Os vizinhos, que acompanharam a luta da avó do menino, na tentativa de salvá-lo, descrevem uma cena de dor e desespero. Ao perceber que o neto estava em perigo, ela o segurou nos braços e também foi mordida pelo pitbull, que só desistiu do ataque após ser agredido por moradores da rua.
– Foi terrível ver a agressividade do cachorro com os próprios donos. Penso que se não tivéssemos conseguido intervir, ele teria matado a criança – disse Paulo César da Silva, que trabalhava na oficina mecânica em frente a casa onde ocorreu o ataque.
Naquele momento, o sargento Sérgio José Bagattoli, do Corpo de Bombeiros de Itajaí, estava na oficina com uma viatura. Ao ouvir os gritos, correu para socorrer a criança, e fez o transporte para o hospital, antes mesmo da chegada da ambulância.
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Cão nunca tinha sido agressivo com a família
Tio do menino, Marcelo Gonçalves Pontes, 27 anos, conta que o sobrinho e o pitbull eram companheiros de brincadeiras. Nos últimos tempos, os pais da criança se separaram e ele passou a viver em Paranaguá, com a mãe. Mas vem constantemente à Itajaí para visitar o pai e a avó. Segundo ele, o cão nunca havia sido agressivo com os familiares. Há dois meses, porém, surpreendeu um ladrão dentro da residência e o atacou.
Na quarta-feira, no momento do ataque, a avó da criança, dona da casa, recebia um entregador. O cão começou a latir, e o menino chegou perto para ver o que estava ocorrendo.