Termina nesta sexta-feira, dia 29 de junho, o prazo para os trabalhadores com direito ao Abono Salarial ano-base 2016 sacar o recurso, que pode chegar a um salário mínimo (R$ 954). Caso o dinheiro não seja retirado pelos beneficiários, o valor vai para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o trabalhador só poderá sacar o abono do ano seguinte.
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Até o final de maio, 119.674 catarinenses ainda não haviam sacado o valor. O montante total disponível no Estado é de R$ 86,3 milhões. O Abono Salarial ano-base 2016 começou a ser pago em 27 de julho de 2017. Desde então, 947,7 mil trabalhadores catarinenses foram pagos, com valores que chegaram a R$ R$ 683,8 milhões.
Quem tem direito
Para ter direito ao Abono Salarial do PIS/Pasep é necessário ter trabalhado formalmente por pelo menos um mês em 2016 com remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, o trabalhador tinha de estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
De acordo com o chefe da divisão do Abono Salarial do Ministério do Trabalho, Márcio Ubiratan Brito, a quantia que cada trabalhador tem para receber é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente no ano-base e varia de R$ 80 a R$ 954.
Quem trabalhou durante todo o ano recebe o valor cheio. Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo.
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Empregados iniciativa privada
Os empregados da iniciativa privada, vinculados ao PIS, sacam o dinheiro na Caixa. O banco disponibiliza uma página para que o trabalhador consulte se tem direito a receber o valor. Para isso, é preciso informar o número do PIS (geralmente registrado na carteira de trabalho) e digitar a senha. Quem não tem senha, pode cadastrar uma na página de consulta.
Funcionários públicos
Para os funcionários públicos, a referência é o Banco do Brasil. O banco disponibiliza um aplicativo que precisa ser baixado e instalado para que o trabalhador consulte se tem direito e o valor do benefício.
O que fazer com o dinheiro?
O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, dá algumas dicas sobre o que fazer com o benefício:
– É importante considerar a sua situação financeira atual para planejar o uso do valor disponível. Para os que estão endividados, o foco é o pagamento das contas com planejamento. É preciso analisar todas e priorizar as essenciais, que correspondem a serviços que podem ser cortados, como energia elétrica, água, aluguel, etc., e as quais possuem as maiores taxas de juros, como cheque especial e cartão de crédito.
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– Caso não haja dívidas, o abono pode ser usado para a realização de sonhos (individuais ou da família). Afinal, se não houver um destino certo para esse dinheiro extra, o benefício poderá facilmente gasto com supérfluos, e não para a conquista de objetivos que realmente agregam valor à vida.
– É importante estabelecer pelo menos três sonhos: um de curto prazo (até um ano), um de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos) – que pode ser sua aposentadoria sustentável. Em seguida, é válido direcionar para investimentos mais adequados ao prazo estabelecido.
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