Produtores de arroz e operários de fábricas começam a investir na criação de peixes como alternativa rentável de trabalho. O município conta com 151 viveiros e tanques, e a produção ultrapassa 950 toneladas por ano.

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Para diversificar sua economia, Massaranduba aposta na criação de peixes. Adamir Kolacki, agente de desenvolvimento, conta que a atividade é nova, com apenas três anos, mas muitos produtores de arroz e até trabalhadores formais, das fábricas da região, estão optando pela piscicultura como trabalho alternativo e rentável.

Adamir afirma que 90% da criação de peixes em Massaranduba é automatizada. A cidade já tem uma organização para incentivar os empreendedores da área. A Associação dos Piscicultores de Massaranduba (Apisma) conta com 32 associados, 151 viveiros e produção de 950 toneladas de peixe por ano.

Um dos associados é o empresário Aldori da Silva, 42 anos, que transformou sua vida ao deixar de ser técnico em manutenção de equipamentos numa indústria têxtil e transformar o sítio de 8,8 hectares em um dos pesque-pagues mais movimentado da região.

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No sítio de Dori, como é conhecido, há seis tanques com tilápias, carpas, traíras e tambaquis. Para chegar na fase atual, foram investidos R$ 600 mil em estrutura de alimentação, recreação e expansão dos tanques. O próximo passo é incrementar a área de lazer, para atender toda a família.

O consumo de pescado, seja no local ou levado pelo cliente, é de 4 mil toneladas mensais. A cada domingo, são servidas, em média, 450 refeições. Para dar conta da demanda, Dori tem 25 colaboradores.

Além de poderem ser pescados e consumidos ainda no local, há opção de comprar filés, caldos de peixes e bolinhos feitos pela empresa de Aldori. Tudo é preparado e congelado com o que há nos lagos.

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– Com isso, movimentamos toda cadeia na cidade, com oportunidades para todos – diz.

A piscicultura gera cerca de 100 postos de trabalho no município, onde a agricultura representa 20% da economia, a indústria 75%, e comércio e serviços, 5%.