Um esquema de pirâmide financeira que prometia rendimento de até 10% ao mês em Santa Catarina entrou na mira da Polícia Civil. Até agora, de acordo com os investigadores, o crime causou um prejuízo de R$ 3 milhões em ao menos cinco vítimas de Blumenau. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos neste mês de junho em Balneário Camboriú, Porto Belo e Guabiruba.

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Conforme o delegado Ronnie Esteves, as pessoas — quase todas idosas — eram cooptadas por uma suposta assessoria financeira para investimento em ouro. A rentabilidade mensal variava entre 8% e 10%, percentuais muito acima da realidade de mercado. Cada uma das vítimas investiu R$ 695 mil e mensalmente mensagens com o suposto rendimento eram enviadas, o que as incentivava e aplicar ainda mais dinheiro.

Ainda de acordo com a polícia, a sede da suposta empresa, localizada em Guabiruba, era uma simples casa de madeira no interior do município.

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Não houve prisões nesse primeiro momento, mas Esteves afirma que ao menos quatro suspeitos já foram identificados, incluindo até mesmo parentes das vítimas. Há indícios, também, de que haja mais vítimas em todo o Estado. Houve apreensão de veículos dos investigados e as investigações prosseguem até “completa elucidação dos fatos”, disse a Polícia Civil em nota.

O que é Pirâmide Financeira

Pirâmide Financeira é um modelo antigo de negócio que consiste no lucro a partir da adesão de novos membros a um determinado serviço ou produto. Quanto mais pessoas entrarem, mais lucro o topo da pirâmide tem. No Brasil, o ato configura crime contra a economia popular, com pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa.