Após dois dias de reuniões prolongadas com o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), Eduardo Pinho Moreira (MDB) admitiu a possibilidade de encaminhar, ainda este ano, um projeto de lei ao legislativo estadual propondo, segundo ele, “a mudança ou diminuição do tamanho do governo”.
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A reforma administrativa foi uma das bandeiras de campanha do governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL). No entanto, nem o governador em exercício nem o escolhido pela população detalharam qual será a magnitude desse enxugamento da máquina pública.
— Mais umas duas semanas e ele (Moisés) vai ter a máquina sob seu conhecimento. Isso que ele quer colocar em prática, talvez eu mesmo inicie. Somos um dos melhores Estados do país, mas vai ser necessário mudanças, racionalização, economia e alguém que teve a votação expressiva que ele teve, tem toda a legitimidade de colocar isso em prática — definiu Pinho em entrevista à NSC Comunicação nesta terça-feira à noite.
O atual governador, que até o início do ano era vice no mandato de Raimundo Colombo (PSD), que se afastou para concorrer ao Senado, ainda afirmou que o governador eleito é “um homem inteligente e preparado” e que “pega as coisas muita rapidez”, se referindo ao segundo dia de trabalho que envolve o processo de transição.
Nesta terça-feira, as reuniões foram com a cúpula da Secretária de Estado da Fazenda, no Centro Administrativo, para apresentar a situação financeira de SC. Na segunda-feira, primeiro dia após a votação em segundo turno, Moisés e Pinho Moreira tiveram um encontro fechado. Já para esta quarta-feira, a previsão é de que Moisés se reúna com profissionais ligados à Secretaria de Estado da Administração.
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Atualmente, conforme a assessoria do governo, a principal despesa está na folha de pagamento. De agosto de 2017 a setembro de 2018 os gastos com pessoal, entre ativos e inativos, foi de R$ 10,7 bilhões. O Estado estava acima do limite legal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, comprometendo 49,73% da Receita Corrente Líquida (RCL) com a folha de pagamento. Hoje, SC está no limite prudencial, comprometendo 48,63% da RCL.
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