Dez pinguins-de-Magalhães foram devolvidos à natureza na manhã desta terça-feira, na Praia de Moçambique, em Florianópolis. As aves estavam em recuperação no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (Cepram) e estão sob os cuidados da Associação R3 Animal, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Eles são remanescentes da temporada do ano passado.
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Segundo a presidente da R3 Animal e Coordenadora do PMP-BS em Florianópolis, a médica–veterinária Cristiane Kolesnikovas, o grupo de 10 pinguins não havia sido solto antes porque estava em muda de penas.

– Durante a muda o pinguim perde a impermeabilização das penas, o que impossibilita a soltura – explica Cristiane.
A tendência agora é de que os animais passem um tempo em alto-mar de depois retornem à Patagônia. O animal que estava há mais tempo em reabilitação havia sido acolhido pelo programa em setembro.
O projeto é feito desde Laguna até Paraty (RJ) e se divide em 15 trechos. Em 2018, desde que começaram a chegar os primeiros pinguins-de-Magalhães – meados de outono e início do inverno -, 64 aves desta espécie foram reabilitados e soltos pela R3 Animal.
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Os pinguins-de-Magalhães visitam o Litoral de SC todos os anos. Na proximidade do inverno no Hemisfério Sul, eles deixam as colônias na Patagônia, na Argentina, e rumam ao norte em busca de alimento. É comum que algumas aves não consigam retornar às colônias de origem e são encontradas mortas em nossas praias. Outras chegam às praias cansadas, debilitadas, desidratadas, muitas com quadro de pneumonia, e necessitam de cuidados. A maioria dessas aves é juvenil, no primeiro ano de vida, e encaram a primeira viagem migratória.
