O pinguim-de-magalhães encontrado dentro de um bueiro em Criciúma, na manhã de quarta-feira (5) irá passar por reabilitação em Florianópolis. Ele foi levado à Capital na tarde de quinta-feira, pela Polícia Militar Ambiental de Maracajá. Agora, a ave passará por reabilitação no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM) administrado pela R3 Animal por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

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O animal da espécie Spheniscus magellanicus recebeu os primeiros cuidados e foi submetido a exames de sangue e fezes. Na manhã desta sexta (7), o pinguim foi transferido para o recinto externo junto com o grupo que está em reabilitação de acordo com a R3 Animal.

Uma avaliação preliminar feita pela médica veterinária Marzia Antonelli havia apontado que a ave marinha apresentava sinais de pneumonia e teria ficado sem se alimentar durante algum tempo, pois está muito abaixo do peso ideal. De acordo com ela, o pinguim está pesando menos de dois quilos, peso considerado abaixo da média de um pinguim saudável, que é acima de três quilos.

— Ave está com escore corporal ruim, pensando menos de dois quilos, peso considerado abaixo da média de um pinguim saudável, que é acima de 3kg. Ele vai ficar em observação aguardando o resultado dos exames complementares para depois ser introduzido na piscina — afirmou.

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Concluída a recuperação, ele será transferido para a área externa e ficará na companhia de outros dez pinguins que também passam pelo processo de reabilitação.

Pinguim foi resgatado por moradores

A ave, encontrada dentro de um bueiro, foi resgatada por moradores do bairro São Luiz, encaminhada ao Hospital Veterinário de Criciúma e permaneceu no local até a manhã de quarta, antes de ser levado à Florianópolis.

Não há informação de como o pinguim tenha ido parar no bueiro de acordo com o R3 Animal, já que a praia mais próxima do local fica a 30 quilômetros de distância, no Balneário Rincão.

— A gente vê que ele tem diferença de penas na região da cabeça e essa pode ser uma das causas que pode ter feito ele encalhar na praia. Quando os animais estão fazendo a muda das penas, passam por um período de estresse em que perdem a impermeabilização das penas e acabam tendo que se afastar do mar — explicou a veterinária.

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Como proceder

A Associação R3 Animal publicou, por meio de nota, uma orientação sobre a maneira correta de agir ao encontrar um pinguim. Confira.

"Ao encontrar um pinguim na praia entre em contato com o PMP-BS no número 0800 642 3341 e a base mais próxima será acionada para resgatar o animal. Tente por uma toalha sobre o animal e o coloque em uma caixa de papelão, cuidado para não ser bicado por ele. É muito importante não molhar, não colocar gelo e nem alimentar a ave.

O CePRAM fica localizado dentro do Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC) em parceria com a PM Ambiental.

Caso encontre um mamífero, tartaruga ou ave marinha morta ou debilitada, ligue 0800 642 3341.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos."

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