Um visitante inusitado apareceu em Criciúma, no Sul do Estado, na última semana. Um pinguim foi encontrado por um morador passeando pelas ruas do bairro Renascer, na última quinta-feira. A praia mais próxima do município é o Balneário Rincão, que fica a 27 quilômetros do centro da capital do carvão.

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Por estar longe do seu habitat natural, o bichinho foi encaminhado pela Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) em Florianópolis.

Nesta segunda-feira, a Famcri emitiu um comunicado com informações a respeito do ocorrido e como proceder ao encontrar um animal. Além do visitante de Criciúma, dezenas de pinguins foram encontrados mortos na orla do Balneário Rincão, neste domingo.

De acordo com o órgão, todos os anos, entre o outono e o inverno, inúmeros pinguins se deslocam para o norte em busca de alimento. Muitos deles chegam exaustos ao nosso litoral e podem ser encontrados mortos nas praias. Outros acabam interagindo com atividades humanas, como a pesca, ou se contaminando com petróleo ou seus derivados no próprio oceano.

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A Famcri ressalta que é importante que a população compreenda e saiba discernir quais animais precisam ser retirados do ambiente natural e quais não precisam. O animal só deve ser retirado da praia após avaliação de um profissional qualificado e se apresentar alguma lesão externa, vestígios de óleo na plumagem ou caso estejam presos em redes de pesca. Caso contrário, não se deve interferir no ciclo de vida do animal e no processo de seleção natural.

O órgão frisa que é considerado crime ambiental a posse, captura, transporte e guarda de animal da fauna silvestre sem permissão, licença ou autorização da autoridade competente, passível de multa e detenção.

Entres as recomendações, a Famcri inclui os seguintes cuidados para conhecimento da população caso algum pinguim seja encontrado:

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? Manter distância mínima de cinco metros e evitar aglomerações em volta do animal, pois isto causa grande estresse e impossibilita que o animal descanse;

? Nunca alimentá-los, pois caso o animal esteja desidratado isso poderá levá-lo a óbito;

? Jamais tentar recolocar um animal no mar, ele voltará sozinho assim que se sentir bem;

? Nunca tentar retirá-los da praia ou transportá-los sem avaliação de profissionais qualificados (biólogos e veterinários) em fauna marinha;

? Jamais levá-los para sua residência, pois, além de ser considerado crime ambiental, prejudica o retorno do animal ao seu habitat;

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? Respeitar a rotina de vida das espécies que utilizam a praia para descanso;

? Não coloque o animal em local frio (no gelo, geladeira, freezer etc..) sua temperatura corporal é perto dos 39 graus, eles suportam o frio graças à camada de gordura e à impermeabilização das suas penas, mas em situação de fragilidade precisam estar num ambiente aquecido;

? Avisar as autoridades competentes (Polícia Ambiental) e, sempre que possível, realizar registro fotográfico para facilitar a avaliação dos biólogos e veterinários quanto a real necessidade de resgate.