Fígado fiel

Quando bebemos, o fígado processa o álcool e o transforma em aldeído acético, que é muito tóxico. O aldeído acético pode acidificar o sangue se ingerimos álcool em grande quantidade. Por isso o enjoo e o vômito, que é uma forma que o corpo tem para eliminar excesso de ácido do corpo. Esses aldeídos também inflamam os vasos sanguíneos e agridem os nervos, o que vai causar a dor de cabeça, geralmente sentida no dia seguinte. O álcool inibe alguns hormônios no organismo, diminuindo drasticamente a glicose no sangue e causa um potente efeito diurético, o que faz com que percamos muita água e minerais. Essa combinação pode levar ao coma alcoólico.

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Aqui se bebe, aqui se paga

A ressaca é um lembrete de toda essa agressão que o organismo sofreu. Remédios para a ressaca ajudam a aliviar alguns desses sintomas. Eles contêm um analgésico como o ácido acetil-salicílico (aspirina) para a dor de cabeça, mepiramina (um anti-histamínico) para diminuir o enjoo, cafeína para combater o sono causado pelo álcool, e hidróxido de alumínio, que age como antiácido, amenizando a irritação do estômago. Mas não protegem dos danos causados ao fígado e do coma.

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Guie-se bem

Esses remédios podem melhorar a sensação de bem-estar, mas não melhoram os prejuízos causados pelo álcool aos reflexos e a atenção. Além disso, eles podem fazer com que bebamos mais. Nunca use remédio que contém paracetamol para dar jeito na dor de cabeça depois da bebedeira, isso pode causar mais danos ao fígado.