Existem dois tipos de diabetes. No tipo 1, a pessoa não fabrica o hormônio insulina e, por isso, precisa tomar injeções desse hormônio. No tipo 2, o corpo da pessoa até produz insulina, mas ela é insuficiente para fazer o açúcar do sangue entrar nos tecidos do corpo para ser utilizado como alimento pelas células. É por isso que quando um diabético do tipo 1 toma insulina, o açúcar do sangue abaixa. Mas, para os diabéticos do tipo 2 existem, além da insulina, outras opções de medicamentos.

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Remédios gratuitos

Desde fevereiro de 2011, o Ministério da Saúde disponibiliza os hipoglicemiantes orais mais usados para diabetes, gratuitamente, nas farmácias populares. São a glibenclamida e a metformina. A glibenclamida age no pâncreas estimulando a liberação de insulina no sangue.

Por isso, ela só funciona em pacientes que ainda têm alguma produção de insulina. Já a metformina age no fígado, principalmente. O fígado é um importante órgão produtor de glicose e, nos diabéticos, essa produção pode ser três vezes maior do que nas pessoas não-diabéticas. Além disso, a droga diminui a absorção de açúcar pelos intestinos depois de uma refeição.

Atenção aos sintomas

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Mas é preciso ficar atento a alguns sintomas que vão dizer se estes remédios não estão fazendo bem. A glibenclamida pode baixar demais o açúcar do sangue. Os sintomas vão ser batedeira no coração, suor frio, tonturas. E pode também paralisar a vesícula biliar, o que chamamos de colestase. Os sintomas vão desde uma coceira constante na região da barriga até a icterícia (pele e olhos amarelados), devido a uma lesão no fígado.

* Carlos Rogério Tonussi é professor de Farmacologia da UFSC