Coisa de louco!
A maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo, e seu uso é maior entre as pessoas com esquizofrenia do que na população em geral.
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A esquizofrenia afeta aproximadamente uma em cada 100 pessoas, e quem usa maconha tem cerca de duas vezes mais chances de desenvolver o transtorno. Os sintomas mais comuns da esquizofrenia são delírios (ver coisas que não existem) e alucinações auditivas (ouvir vozes).
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Vários fatores podem tornar as pessoas mais propensas a desenvolver a doença. Diversos genes, cada um deles aumentando levemente o risco individual de desenvolver o transtorno, já foram identificados.
Baseado no DNA
O estudo avaliou 2082 indivíduos saudáveis, dos quais 1011 já tinham usado maconha. O número de genes relacionados à esquizofrenia que cada uma dessas pessoas carregava foi contado.
As pessoas geneticamente predispostas à esquizofrenia eram, em geral, as que usavam maconha, e a usavam em maior quantidade do que aqueles que não tinham os genes de risco. O estudo mostrou relação entre o uso de maconha e a esquizofrenia.
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Embora não se descarte a possibilidade do uso da maconha causar esquizofrenia em pessoas sem os genes de risco, ficou claro agora haver genes que parecem predispor certas pessoas tanto ao uso de maconha quanto à esquizofrenia.
Prevenção no berço
Este estudo, publicado no jornal Molecular Psychiatry, traz importantes implicações na gestão pública da saúde. Conhecendo estas características genéticas na população, o trabalho de educação e suporte médico podem ser muito mais eficientes para os dois problemas de saúde.