Pele de salamandra
Salamandras podem não ser as mais fofinhas dos animais, mas elas são capazes de regenerar membros perdidos e recuperar partes do corpo seriamente danificadas. Uma pequena proteína extraída da pele de salamandras pode ser a chave para desvendar o segredo deste truque de cicatrização incrível e aplicá-lo em seres humanos.
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A proteína chamada tilotoína foi capaz de aumentar o crescimento dos queratinócitos (células da epiderme), células vasculares e fibroblastos (células da derme), resultando na formação acelerada das estruturas da pele em camundongos.
Até agora, a capacidade de alguns animais inferiores de curar feridas que seriam mortais para nós humanos, só podia ser vista nos super-heróis da ficção. Os cientistas porém estão determinados a trazer esta capacidade para a vida real.
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Pernas de rato
O tratamento atual para restaurar a função motora quando grandes segmentos de músculo são danificados ou removidos durante cirurgia de tumor, é retirar um segmento de músculo de uma parte do corpo para implantá-lo no local deficiente. Evidentemente, isto também reduz a função motora do local doador.
Outra forma é pegar pequenas porções de tecido muscular doador por meio de biopsia, expandi-lo em laboratório e reimplantá-los no local deficiente. Uma nova técnica, porém, tenta estimular a capacidade de regeneração do próprio músculo.
A maioria dos tecidos do corpo contêm células-tronco próprias, as quais se acredita serem a “máquina regenerativa” responsável pela manutenção destes tecidos. Nesta técnica, células-tronco musculares de ratos foram colocadas em um tecido artificial de suporte e implantadas no músculo da perna inferior destes animais. O tecido desenvolveu uma rede de vasos sanguíneos maduros e fibras musculares, quatro semanas após a implantação. Testes de funcionalidade mostrarão se a técnica será viável em humanos também.
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Coração de porco
O transplante cardíaco é a única esperança para muitos pacientes com insuficiência cardíaca em fase terminal. Não bastasse isso, a falta de doadores compatíveis levam estes pacientes a longas filas de espera por um coração.
Porém, a ciência de animais de laboratório traz uma grande novidade. Corações de leitões geneticamente modificados transplantados em macacos permaneceram funcionando por mais de um ano, duas vezes mais tempo que o anteriormente relatado. Os corações de porcos são muito parecidos com o dos seres humanos, e porcos estão amplamente disponíveis.
O grande problema era evitar a rejeição ao transplante. Esses porcos não produzem certas proteínas que ativam o sistema imunológico do receptor levando a rejeição. Além disso, dois genes humanos foram introduzidos nesses porcos para produzirem um anticoagulante natural.
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Com esses bons resultados os pesquisadores estão animados a continuarem o aperfeiçoamento da técnica que um dia poderá acabar com a fila de espera para um transplante. Mas será que um corintiano aceitará um coração de porco?