Amor e betabloqueador

Uma droga comumente prescrita para doenças cardiovasculares como a hipertensão e arritmias, pode fazer mais bem do que se pensava anteriormente. Pesquisadores da Universidade de York descobriram que os betabloqueadores podem evitar a morte celular após um ataque cardíaco e que isso poderia levar a melhores resultados para o paciente a longo prazo.

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O coração não é capaz de se regenerar. Quando células do músculo cardíaco morrem, durante e imediatamente após, um ataque cardíaco, não há nenhuma maneira de trazer o órgão de volta à saúde completa. E isto pode levar à insuficiência cardíaca, por exemplo.

Esse papel benéfico dos betabloquedores foi avaliado e publicado esta semana na revista Cell Death Discovery.

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Bom para a cabeça, bom para o coração

O ponto de partida para essa descoberta veio, na verdade, do conhecimento de células cerebrais. Nestas células, é bem conhecido o papel de um grupo de proteínas chamada MEF2, que permitem a sobrevivência em condições extremas para as células.

Os pesquisadores suspeitaram que essas proteínas podiam fazer a mesma coisa no coração. As MEF2 estão envolvidas no desenvolvimento do sistema cardiovascular e, também, com a sobrevivência das células do coração e o controle da expressão gênica.

Proteção depois do infarto

Os pesquisadores descobriram que a morte de células cardíacas aumentou quando a MEF2 foi suprimida, mas quando betabloqueadores, como o atenolol ou propranolol, foram utilizados, a atividade da MEF2 foi reforçada e promoveu a sobrevivência das células quando foram submetidas a falta de oxigênio, por exemplo.

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Mais pesquisas ainda são necessárias para entender completamente se o tratamento com betabloqueadores, imediatamente após um ataque cardíaco, irá ajudar a recuperação e evitar a progressão da insuficiência cardíaca.

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