Lembrar dos idosos

A doença de Alzheimer (DA) causa a perda da memória e de outras funções cerebrais e não tem ainda um tratamento eficaz. O acúmulo irregular de uma proteína chamada beta-amiloide forma placas e provoca um tipo de inflamação que destrói o cérebro. Existem no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a DA. No Brasil, são cerca de 1,2 milhão de casos – a maior parte deles ainda sem diagnóstico. Se nenhum tratamento efetivo for desenvolvido, o número esperado de pacientes no ano de 2050 será três vezes maior.

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Alzheimer x diabetes

Cientistas da Universidade de Boston (EUA) mostraram que pacientes com DA têm falta de amilina no sangue. A amilina é produzida no pâncreas de pessoas saudáveis. A novidade é que injeções de amilina ou de um medicamento já usado para o diabetes, o pramlintide, foram capazes de reduzir as placas amiloides no cérebro de cobaias criadas para ter a doença de Alzheimer. Os tratamentos também melhoraram a memória destes animais. O pramlintide é uma substância artificial parecida com a amilina e pode também melhorar o uso da glicose e a circulação do sangue no cérebro de pacientes com Alzheimer.

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Mais barato

O fato de um medicamento já usado para tratar diabetes poder melhorar a doença de Alzheimer é muito importante, pois diminui o tempo e o custo para um novo remédio chegar no mercado. Se o pramlintide funcionar em testes com pessoas, essa droga poderá ser usada contra o Alzheimer em 3 a 5 anos. O estudo foi publicado em abril na revista Molecular Psychiatry.