Os pilotos americanos do jato executivo Legacy, que se envolveu no acidente com o vôo 1907, da Gol, em setembro de 2006, causando a morte de 154 pessoas, foram ouvidos nos Estados Unidos, informa o site G1. Os depoimentos duraram três dias e foram prestados em Washington. Joe Lepore e Jan Paladino ouviram a transcrição da caixa-preta da aeronave que pilotavam.
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Eles afirmaram que não desligaram o transponder, equipamento anticolisão que não funcionou para evitar o acidente. O depoimento foi dado na semana passada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado ao Ministério da Defesa.
– Os pilotos puderam esclarecer uma vez mais que não houve, por parte deles, nenhuma conduta culposa negligente, e que, pelo contrário, eles agiram com profissionalismo – disse o advogado deles, Theo Dias.
Homicídio culposo
Em junho do ano passado, a Justiça brasileira aceitou denúncia do Ministério Público contra os pilotos por homicídio culposo. Em nota, a Aeronáutica confirmou os depoimentos, que teriam esclarecido pontos importantes e vão contribuir para explicar por que o transponder não estava funcionando na hora do acidente.
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Uma importante parte do quebra-cabeça que deve ajudar a desvendar os motivos do acidente aéreo ainda está faltando: o depoimento dos controladores. Segundo a Aeronautica, eles se recusam a colaborar. O relatório do acidente, que está em fase final de elaboração, vai recomendar mais rigor nos pré-requisitos exigidos na aviação de jatos executivos.