Relâmpago, tanques de combustível cheios e um pouso violento: o piloto da aeronave da Aeroflot que pegou fogo no domingo (5) à noite no aeroporto de Shermetievo, em Moscou, e deixou 41 mortos, apontou nesta segunda-feira (6) as duras condições climáticas como causas da tragédia. Segundo agências de notícias russas, 78 pessoas estavam a bordo, incluindo quatro membros da tripulação.

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O comandante de bordo, Denis Evdokimov, relatou que o Sukhoi Superjet 100 teve que fazer um pouso de emergência depois de perder parte dos equipamentos da aeronave devido a um relâmpago.

— Por causa do raio, perdemos o contato de rádio e passamos para o regime de pilotagem mínima (…) Ou seja, sem um computador como de costume, mas de maneira direta. Em regime de emergência — explicou o piloto.

— Conseguimos restabelecer o contato via frequência de emergência, mas ela estava curta e operava apenas de forma intermitente (…) Conseguimos dizer algumas palavras e depois o contato se perdeu — acrescentou.

Segundo o comandante, foi por causa do pouso violento que a aeronave pegou fogo. As primeiras fontes relataram um incêndio a bordo, mas um vídeo publicado horas depois do acidente mostra a aeronave tocando o asfalto e quicando antes de pegar fogo.

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Imediatamente após a aterrissagem, os passageiros começaram a ser evacuados pelos tobogãs do avião, enquanto o incêndio se espalhava rapidamente, com enormes volutas de fumaça negra.

Caixas-pretas encontradas

De acordo com fontes dos serviços de emergência citados pela imprensa russa, as duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas no local do acidente e encaminhadas para investigação.

Um passageiro no avião, Dmitri Khlebushkin, relatou à agência Ria Novosti que viu "um flash de luz branca" durante o voo.

— A aeronave saltou na pista como um gafanhoto e pegou fogo no chão — testemunhou um outro passageiro, Piotr Yegorov, citado pelo jornal Komsomolskaya Pravda.

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