Não são apenas as crianças que gostam de se refrescar com um banho de mangueira ou um picolé nos dias em que o calor parece não dar trégua. No Zoo Pomerode, elefantes, hipopótamos, tatus e tamanduás também se divertem com essas opções em cenários que poderiam se tornar episódios de desenho animado. A proposta partiu de biólogos, veterinários e zootecnistas com o intuito de estimular os animais e aliviar a sensação das altas temperaturas durante o verão.
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Os picolés de frutas são preparados pela própria equipe e oferecidos às aves, mamíferos e primatas para garantir a alimentação saudável. A receita não é muito complicada: basta congelar o alimento inteiro, cortado ou em suco e, depois, deixar à disposição dos animais assim que são retirados do freezer. Frutas como melancia, melão e maçã são algumas das utilizadas durante a produção.
Para os bichinhos que têm uma alimentação um pouco mais reforçada, como leões, onças, ursos e lobo-guará, a refeição congelada conta com um diferencial. O chamado “picolé de carne” é preparado com frango, manjuba, salmão, sardinha ou com a própria carne vermelha. Nesse caso, não há qualquer tipo de tempero ou gordura adicional no alimento.
Além dessa opção, um ar-condicionado também é instalado no habitat dos pinguins e dos primatas. Outros preferem se aventurar com banhos de mangueira, como as elefantas Kênia e Alika, ou, ainda, através dos aspersores, uma espécie de “chuveiro” que esguicha água para garantir o conforto térmico dos animais e de quem passa pelo local. Alguns habitats possuem também piscinas para oferecer aos bichos um experiência refrescante e um tanto divertida.
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A técnica, conhecida como “enriquecimento ambiental”, foi adotada para auxiliar no bem-estar dos animais. A bióloga educadora do Zoo Pomerode, Jenifer Kroth, explica que as propostas vão de acordo com as condições biológicas e fisiológicas de cada espécie. Assim, a atividade não só refresca, como também oferece desafios e novidades aos animais.
— Com os picolés, por exemplo, eles sentem cheiros, texturas e sabores diferentes. Tudo é feito com elaboração e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, sempre analisando particularidades de cada espécie e indivíduo — comenta.
*Estagiária sob supervisão de Augusto Ittner
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