O uso do vestidinho rosa pelo meia Jairo em um treinamento do Figueirense ganhou repercussão nacional. A prenda paga pelo jogador por ter sido eleito o pior do treino é entendida como normal pelo restante do grupo, que levou tudo na brincadeira. O problema, porém, foram as diferentes repercussões sobre o caso.
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De acordo com o lateral-esquerdo Anderson Pico, ex-Grêmio, a imprensa pegou pesado ao comentar o assunto e levou a descontração do grupo para um lado negativo.
– Era uma prenda. Tem que usar uma camiseta, uma meia, uma chuteira diferente. A imprensa levou para o lado ruim, deu até em rede nacional – disse o jogador.
E se fosse Pico no lugar de Jairo? O lateral afirmou que pagaria a prenda escolhida pelos colegas sem discutir, afinal, é só uma brincadeira.
– Se fosse eu, levaria na brincadeira. Isto é saudável dentro do clube.
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Apesar das diferentes interpretações que a brincadeira ganhou na mídia, Pico disse que a mesma continuará a ser feita no Figueirense. Ele também defendeu o técnico, afirmando que a idéia da prenda parte dos jogadores.
– Passou a imagem para o Brasil como se o Roberto Fernandes fosse ruim, obrigasse a gente a usar. Foi a gente que aplicou este tipo de brincadeira e vai continuar assim – completou.
O clima no treino da manhã desta sexta-feira foi ameno e não houve hostilidade quanto à brincadeira antes do jogo contra o Marcílio Dias.
– Todos estamos tranquilos, brincamos no treino de manhã, não teve nada demais – contou Pico.
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O lateral, que chegou ao Figueirense no dia 25 de fevereiro, está ansioso para estrear com a camisa alvinegra. Recuperado fisicamente, a expectativa é de que ele esteja à disposição para enfrentar a Ponte Preta, em abril, pela segunda fase da Copa do Brasil.
– Estou gostando muito do clube, nossa, não tem mesmo o que reclamar. Eles fizeram um trabalho físico muito bom comigo e eu já fico à disposição para o jogo contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil – finalizou.
Figueirense explica brincadeira
O Figueirense se pronunciou oficialmente sobre a brincadeira na tarde desta sexta-feira. De acordo com o clube, a eleição do melhor e do pior do treino é feita pelos próprios jogadores.
Roberto Fernandes também esclareceu que isto nada tem a ver com o seu método de comandar um time. Trata-se de uma brincadeira comum nas equipes e não passa pelo seu crivo a prenda definida pelos jogadores.
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– Não há de minha parte qualquer interferência no estabelecimento da tarefa a ser cumprida. Elas são definidas de comum acordo pelos atletas, dentro de um clima sadio, de amizade e de total descontração – disse o técnico.