A Pick-up Racing inaugura neste final de semana uma nova fase no automobilismo. A gasolina vai ceder lugar ao gás natural veicular (GNV) como combustível das picapes a partir da quarta etapa da categoria, no Autódromo Internacional de Curitiba. As duas provas, com 17 inscritos, serão realizadas na tarde de domingo, 4 de agosto.

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A mudança, patrocinada pela Petrobras, é inédita no país e no mundo. Só há uma experiência anterior, mas ela se restringe a uma única etapa. Foi uma prova festiva disputada na Argentina, de acordo com os promotores da Pick-up Racing.

Com a adoção do gás na competição, a Petrobras tenta desmistificar o combustível, estimular o seu uso e desenvolver tecnologias que possam resultar em vantagens para o consumidor.

– O automobilismo é um instrumento no desenvolvimento de tecnologia para conversão de veículos – afirmou Cleomar Fonseca dos Santos, gerente de Gás Natural da Petrobras.

A troca, oficializada com o patrocínio da estatal em abril, começou a ganhar contornos práticos após a prova de Campo Grande (MS), realizada em 26 de maio e vencida pelo piloto de Farroupilha, João Campos. Por semanas, preparadores de carros foram à Petrobras em Canoas (RS) aprender a realizar à adaptação. Devido a atrasos na entrega de kits necessários à mudança, a maioria dos carros só foi à pista sexta-feira, em Curitiba.

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Realizados debaixo de uma chuva fina e uma pista escorregadia, os treinos pouco revelaram sob a potência dos novos carros. Baseada em alguns testes realizados, a gerente de Tecnologia de Gás Natural da Petrobras, Maria das Graças Penha e Silva, afirmou que a perda será mínima, entre 6 e 7% nos carros de passeio, a perda média fica em 20%. No futuro, pode haver um ganho no desempenho, acredita Maria das Graças.