Um banheiro de um dos centros de ensino da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi pichado com frases contra mulheres, judeus e com incentivo ao crime de estupro. Um processo interno foi instaurado para apurar a autoria. Caso gerou revolta dos estudantes e é apurado internamente e também pela Polícia Civil.
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“Mulher merece ser estuprada e morta” e “holocausto é uma farsa” são algumas das pichações encontradas no banheiro do terceiro andar do Centro de Ciência Jurídicas (CCJ) na terça-feira (24).
O curso de Direito emitiu nota conjunta com os alunos, técnicos administrativos e professores, repudiando as manifestações de ódio e informando que registrou um boletim de ocorrência perante o Departamento de Segurança da instituição. A reitoria também foi notificada sobre o ato e acionou a Polícia Civil.
O Centro Acadêmico XI de Fevereiro (Caxif), dos estudantes de Direito, também se manifestou repudiando as pichações.
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“Como representantes do movimento estudantil no curso de Direito da UFSC, este é, mais do que nunca, o momento de reforçarmos nosso compromisso incontornável com o Estado Democrático de Direito de maneira concreta”, destaca a nota do Centro Acadêmico.
Um outro caso de pichação em banheiros foi denunciado pela universidade a menos de mês. Uma aluna negra do curso de Pedagogia teve o nome escrito junto a frase “volta para quilombo, preta fedida”.
O caso segue sendo apurado internamente e ainda será discutido no Conselho Universitário para criação de ações de combate ao racismo.
Quatro estudantes presos por neonazismo
Na última semana, quatro estudantes da UFSC foram presos em uma operação que apura uma célula neonazista em Santa Catarina. Conforme a Polícia Civil, os alunos são dos cursos de Letras, Direito e Engenharia.
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Na casa de alguns dos suspeitos, foram encontrados munições, armas e uma impressora 3D que seria usada, segundo a polícia, para criação de partes de um armamento. Símbolos ligados ao nazismo também foram achados com os presos.
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