O Produto Interno Bruto (PIB), soma de toda a riqueza produzida no país, cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os setores de serviço (1%) e a indústria (1,8%) cresceram, mas houve recuo da agropecuária (-2,3%).

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o resultado. Segundo o ministro, a Secretaria de Política Econômica (SPE) vinha projetando um crescimento entre 1,35% e 1,4%, o que foi confirmado.

— Nós vamos, provavelmente, reestimar o PIB para o ano que vem, pela força com que vem se desenvolvendo, pode superar 2,7%, 2,8%, e há instituições que já estão projetando PIB superior a 3%. Isso pode ensejar uma reprojeção de receitas para o ano que vem — disse Haddad.

Com o resultado dentro do previsto, a estimativa do superávit primário para 2025 ficou em R$ 3,7 bilhões. O salário mínimo estimado para o próximo ano é de R$ 1.509.

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Já o limite para as despesas primárias ficou em R$ 2,249 trilhões, e a receita primária, que tende a aumentar com o bom desempenho do PIB, está projetada em R$ 2,907 trilhões, equivalente a 23,5% do PIB.

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Os gastos projetados para 2025 com a Saúde somam R$ 227,8 bilhões para o cumprimento do piso; a Educação prevê orçamento de R$ 113,6 bilhões e os investimentos em R$ 74,3 bilhões. As emendas impositivas foram estimadas em R$ 39 bilhões e o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve receber recursos de R$ 60,9 bilhões.

Bom desempenho da indústria e serviços

O crescimento destaque na indústria, segundo o IBGE, tem relação com o desempenho nas atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos, que avançaram 4,2%. Já o setor da construção teve crescimento de 3,5%, e as indústrias de transformação cresceram 1,8%. Por outro lado, no entanto, as indústrias extrativas tiveram queda de 4,4%.

O setor de serviços teve altas em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, de 2%. A informação e comunicação cresceu 1,7%, enquanto o comércio aumentou 1,4%. O transporte, armazenagem e correio avançou 1,3%; administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social, 1%; atividades imobiliárias apresentou crescimento de 0,9% e Outras atividades de serviços teve um avanço de 0,8%.

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Na ótica da despesa, as despesas de Consumo das Famílias tiveram avanço de 1,3%; a de Consumo do Governo aumentou 1,3%; e a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2,1% em relação aos três primeiros meses do ano.

Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços subiram 1,4%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

PIB chega a R$ 2,9 trilhões

No segundo trimestre de 2024, o PIB chegou a R$ 2,9 trilhões, sendo que R$ 2,5 trilhões são referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

No mesmo período, houve uma taxa de investimento de 16,8% do PIB, que superou os 16,4% do segundo trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023.

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Avanço em um ano foi de 3,3%

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB avançou 3,3%, com crescimento principalmente da indústria, de 3,9%, e do setor de serviços, que aumentou 3,5%. Já a agropecuária recuou -2,9% de um ano para o outro, segundo o IBGE.

O PIB acumulado nos quatro trimestres que terminaram em junho de 2024 cresceu 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da alta de 2,4% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,7% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Neste período, a indústria avançou 2,6%, com a mesma taxa para o setor de serviços. A variação da agropecuária foi de 0%.

Na Indústria, a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos tiveram o maior aumento, de 7,3%. As Indústrias Extrativas também avançaram, numa taxa de 6,2%. Já as Indústrias da Transformação cresceram 0,7%, enquanto a Construção expandiu 0,6%.

Nos Serviços, o resultado foi positivo em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,8%), Atividades imobiliárias (3,5%), Outras atividades de serviços (3,1%), Informação e Comunicação (2,9%), Comércio (1,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,4%) e Transporte, armazenagem e correio (0,7%).

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Houve aumentos na Despesa de Consumo das Famílias (3,7%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,4%), enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (-0,9%) apresentou queda pelo quarto trimestre consecutivo.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 7,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 4,1%.

*Com informações da Agência Brasil.

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