Chiquinha Gonzaga, que viveu no início do século 20, foi a primeira musicista de choro e a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Ela será a estrela de uma tarde memorável, logo no primeiro dia do Pianístico 2019, festival que planeja transformar Joinville na cidade do piano, entre 19 e 22 de setembro.

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Na pele de Chiquinha, a pianista gaúcha Olinda Allessandrini, que gravou a obra da artista carioca em CD lançado em 2015 e, no concerto, mostra a versatilidade da compositora em um repertório de chorinhos, valsas e polcas que expressam amores e desilusões da maestrina.

O “Chá com Chiquinha Gonzaga”, marcado para as 16h do dia 19, recria o clima dos anos 20, nos salões da Sociedade Harmonia-Lyra. Olinda Allessandrini se apresenta vestida à moda da época, para aproximar o período em que Chiquinha viveu. O público também está convidado a utilizar trajes no estilo da época.

Evento será realizado na Harmonia Lyra
Evento será realizado na Harmonia Lyra (Foto: Salmo Duarte)

Poucos ingressos disponíveis

O quarto e último lote de ingressos gratuitos será liberado à meia-noite desta quinta-feira (12) no site do evento. Mas a organização reitera que será residual, já que são poucos ingressos disponíveis. Estes serão para quem assistir ao espetáculo no mezanino, sem acesso às mesas do bufê.

Segundo a organização, caso os interessados não consigam lugar para o concerto, haverá uma fila de espera para todos os espetáculos.

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Perde lugar e direito à reserva quem não buscar o ingresso até 15 minutos antes, já que há casos de desistência. Estes ingressos, por sua vez, são disponibilizados para quem está na fila de espera.

Ingressos disponíveis para o bufê

Ainda há ingressos disponíveis, que podem ser adquiridos na bilheteria do teatro e na Cila Cabeleireiros, ao preço de R$ 80 – o que garante lugar nas mesas e degustação do cardápio concebido especialmente para a ocasião.

Assinado pela D´Marcos Buffet e Catering, o bufê terá iguarias como quiche de carne seca com brócolis, torta de linguiça portuguesa com legumes, bolo de rolo e pão brioche com goiabada e queijo da canastra.

O espaço da Harmonia-Lyra está sendo preparado para esta viagem no tempo, em um trabalho coordenado pela organizadora de eventos e decoradora Eliane Karam que promete surpreender o público. Logo no hall superior do teatro, um piano clássico estilizado, decorado com flores e notas musicais.

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Às mesas, com oito lugares, arranjos em bules, vasos, xícaras e peças delicadas, usando flores dos anos 20, como cravinas e margaridas.

– Será tudo muito charmoso, e o próprio ambiente da Harmonia-Lyra já nos remete a um glamour do passado – destaca Eliane Karam.

Sobre Chiquinha Gonzaga

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de outubro de 1847. Filha de José Basileu Alves Gonzaga, primeiro-tenente, de família ilustre do Império, e Rosa Maria Neves Lima, mestiça, filha de escrava, uma relação rejeitada pela família de Basileu. Chiquinha recebeu a mesma educação dada às crianças burguesas da época. Estudou português, cálculo, francês e religião, com o Cônego Trindade, amigo da família. Desde criança, demonstrou interesse pela música. Foi aluna do Maestro Lobo. Com 11 anos estreou como compositora com uma cantiga de Natal, intitulada “Canção dos Pastores”. Chiquinha Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de fevereiro de 1935. (Fonte: site Ebiografia.)

Sobre Olinda Alessandrini

As atividades da pianista Olinda Allessandrini incluem apresentações ao vivo, gravações, atividades pedagógicas, colaboração em livros e jornais. Olinda é citada no livro “Arte do Piano”, de Sylvio Lago, pela “técnica apurada e dotada de fina imaginação e bom gosto”, “uma das mais atraentes pianistas do repertório nacional”. Em 2010, recebeu a medalha comemorativa ao “Ano Chopin”, do Consulado da Polônia em Porto Alegre. Tem CDs inteiramente dedicados a obras de Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Araújo Vianna, além dos CDs “Panorama Brasileiro”, “Valsas”, “pamPiano”, “Ébano e Marfim”. Seu repertório pianístico vai do barroco ao contemporâneo e é frequentemente convidada para atuar como solista em orquestras, no Brasil e no exterior, com recitais, turnês e palestras realizadas em países como Alemanha, Áustria, Itália, Noruega e Estados Unidos.

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