O jornalista Marcos Piangers, especialista em inovação, criatividade e novas tecnologias, escritor e autor do livro “O Papai é Pop”, esteve em Joinville nesta quarta-feira (1º) para uma palestra sobre os desafios das relações familiares em meio a era tecnológica. Em entrevista à CBN Joinville, ele falou sobre o tema e fez críticas ao uso exagerado de smartphones e da glamourização de uma rotina de trabalho agitada.
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Casado e pai de duas filhas, Anita e Aurora, o influenciador tem dedicado suas obras aos temas familiares, e chama atenção para o que considera um desperdício de tempo com os aparelhos celulares.
— Há dez anos meu celular não vibra e nem faz barulho, eu só olho as notificações quando eu realmente quero. Algumas pesquisas mostram que as crianças ficam mais ansiosas com um celular estando no mesmo ambiente que os pais, porque sabem que aquele aparelho pode interromper a qualquer momento essa conexão — revelou.
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Palestrando para um público de cerca de 1.700 espectadores no Colégio Bonja, Piangers falou também sobre o impacto da paternidade e na relação com os filhos para alcançar uma vida mais feliz e equilibrada. O comunicador também compartilhou histórias pessoais e a experiência como pai de meninas e, também, destacou a importância de estar verdadeiramente presente nos momentos em família.
— Quando você está em casa, está em casa. Tem uma criança crescendo na sua frente, uma família se despedindo na sua frente. A vida se despede todos os dias de você. Todos os dias você fica mais perto de uma despedida definitiva. Essa rapidez com que a vida passa muitas vezes se reflete em arrependimento na despedida — disse.
Marcos Piangers já foi chamado de “guru” e “fenômeno da internet” por jornais e portais brasileiros. Palestrou para grandes eventos e empresas do país, além de palcos em Portugal e Inglaterra, e foi cinco vezes palestrante do TED, a maior conferência de ideias do mundo.
Ele é autor do best-seller “O Papai é Pop” com mais de meio milhão de cópias vendidas, história que foi adaptada para o cinema, interpretado por Lázaro Ramos e Paolla Oliveira. Para o jornalista, além dos excessos em usos de telas, a glamourização de uma rotina de trabalho agitada é um erro moderno.
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— Parece que existe um certo valor quando digo que meu dia está corrido, que ando muito ocupado, é como se isso fosse uma moeda social. Quando me perguntam se estou na correria, gosto de dizer que não, que estou bem tranquilo, que peguei minha filha na escola, que vimos um filme juntos. Precisamos lembrar que a vida não é só trabalho, o trabalho é só uma expressão do nosso potencial humano. Se não tivermos essa presença (em casa), então não valeu a pena ter vivido, porque você nunca esteve lá, no que de fato é a vida — analisou.
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